Low Carb é uma estratégia nutricional utilizada desde o século 19 (modinha, né?) no tratamento de obesidade, cuja eficácia tem sido exaustivamente demonstrada por muitos ensaios clínicos randomizados e suas meta-análises! Diferente da dieta de baixa gordura (lights e zero gordura) que nasceu por volta de 1970 (ou seja: uma modinha!) e que nunca teve êxito em comprovar cientificamente seus benefícios a longo prazo.
Comer Low Carb não tem NADA A VER com “zerar carboidratos”, nem com “cortar carboidratos”, nem com comer bacon, nem com encher o café de gordura. Significa simplesmente não BASEAR a alimentação em grãos, pães, massas e bolos, e sim em vegetais (principalmente legumes e verduras), oleaginosas, azeite de oliva, frutas (com certas restrições para cada caso) e gordura natural dos alimentos (carne de animais e ovos). Não traz riscos à saúde a longo prazo (demonstrações científicas disso estão disponíveis em bases de dados a dar com pau) e pode ser feita por quem tem um objetivo como: emagrecimento, tratamento de diabetes, SOP, esteatose, hipercolesterolemia, resistência à insulina, síndrome metabólica e outras.
Consiste apenas em DIMINUIR o teor de carboidratos da dieta, induzindo o corpo a uma adaptação que pode levar até 8 semanas para acontecer. Durante e após este período, o organismo passa a ter sua principal fonte de energia proveniente de gorduras (alimentação e corporal). A fome é consideravelmente reduzida, bem como o volume que se come. A glicemia baixa e se estabiliza, uma vez que não há mais picos e rebotes causados pelo consumo alto de carbos, e o emagrecimento acontece. Deve ser orientada por um nutricionista, de preferência esclarecido no assunto: que não confunda cetoacidose com cetose nutricional, que entenda de gorduras e não as relacione à risco cardiovascular e que, de preferência, viva ou já tenha vivido esta realidade. Quando bem empregada, pode ser levada sem grandes dificuldades pelo tempo necessário até que se atinjam os resultados. De lá, a reintrodução de carboidratos pode acontecer gradualmente até que se entenda qual a quantidade ideal para cada indivíduo manter o consumo sem desenvolver complicações!