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Neste episódio:
- A avenida para a boa ciência é muito esburacada;
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Caso de Sucesso do Dia
Referências
Os Limites Atuais de Gordura
Transcrição do Episódio
Rodrigo
Polesso: Bem vindos pessoal ao episódio número 214 aqui do podcast
da Tribo Forte, que acompanha você semanalmente já há muito tempo, há 214
episódios. Hoje a gente vai falar um pouco de obstáculos para novas diretrizes
alimentares, pra variar a “rua” para a boa ciência é sempre muita esburacada,
cheia de obstáculos e você vai entender um pouco mais sobre isso. Bom, deixa eu
dar as boas vindas ao Dr. Souto a esse novo papo de hoje. Tudo bem por aí Dr.
Souto?
Dr.
Souto: Tudo bem Rodrigo!? Bom dia! Bom dia aos ouvintes!
Rodrigo
Polesso: Vamos lá pessoal! Esse ano as novas diretrizes
alimentares no EUA são esperadas, as quais ficarão vigentes nos próximos 5
anos, quando eles lançam ficam vigentes por 5 anos, esse ano expira a antiga, e
vai ser estabelecida uma nova. Então todo mundo imagina que as novas diretrizes
vão refletir o estado atual da ciência. Que mundo perfeito seria esse?! A Nina
Teicholz, que é autora do livro Gordura Sem Medo, ela tá ativamente inserida no
processo de desenvolvimento dessas novas diretrizes (inserida no processo, não
em si em desenvolver, mas inserida em toda discussão do comitê) e levanta
alguns pontos muito preocupantes. Aparentemente o comitê responsável por
gorduras nessas diretrizes está querendo abaixar ainda mais o limite de
ingestão de gorduras saturadas, eles querem baixar dos atuais 10% para 7% ou
até cogitaram 0. Esses limites na ingestão de gorduras saturadas vêm sendo
impostos pelas diretrizes americanas desde a sua incepção em 1980. Desde então,
a ciência evoluiu muito como você imagina e como você tem visto aqui nos nossos
podcasts, e hoje, simplesmente não há embasamento algum para continuar se
proibindo… Se propondo um limite do seu consumo. Nós já vimos as diretrizes voltarem
atrás no limite imposto de gorduras totais e também de colesterol, em ambos os
casos eles estavam errados e voltaram atrás depois de décadas. Mas no caso de
gorduras saturadas, isso parece ainda não estar perto de acontecer.
Aparentemente, o comitê responsável está preso em relevar somente evidencias
que vão de 2010 a 2015, ignorando algumas das melhores metanálises de ensaios
clínicos randomizados e outras evidências de alto rigor e credibilidade e até
mais atuais que isso. Então eles estão presos lá atrás. Esse ano um comitê de
alguns dos cientistas lideres na área da nutrição no EUA, Canadá, Dinamarca,
incluindo até ex membros do comitê das diretrizes, participaram de um workshop
no começo do ano em Washington e chegaram nas seguintes conclusões que eu vou
ler direto de uma carta que eles enviaram ao comitê que está desenvolvendo as
diretrizes, ok, eles falaram o seguinte: “Varias metanálises recentes, tanto de
ensaios clínicos randomizados, quanto de estudos observacionais, não acharam
nenhuma evidencia significativa para se reduzir o consumo de gordura saturada
em relação ao risco cardiovascular e
mortalidade total”. Ainda eles falam que: “A gordura saturada, e evidencia
mostra que isso pode tá associado ao menor risco de derrame, com o consumo de
gordura saturada”. Segundo ponto que eles levantam é: “As recomendações de
baixo consumo de gorduras saturadas geralmente estão baseadas no fato de que
isso tende a baixar o LDL um pouco”. Daí eles dizem que: “Nós agora sabemos que
existem vários tipos de LDL, e na grande maioria das pessoas reduzindo o
consumo de gordura saturada, não abaixa o pior tipo de LDL que é aquele que
está associado com doença cardíaca”. E isso pode explicar porque nesses estudos
ao baixar o consumo de gorduras saturadas não se vê risco diminuído de
mortalidade e doença cardiovascular e ainda eles falam que precisa ser considerado
a matriz alimentar, ou seja, os alimentos inteiros não só os nutrientes. E eles
citam, por exemplo, alimentos como chocolate preto, chocolate alto em cacau,
como laticínios integrais e também carne não processada. Citando que, apesar de
eles serem altos relativamente em gorduras saturadas, eles não mostram
associação nenhuma com o risco cardiovascular. Daí, por fim, eles concluem o
seguinte: “Nós concluímos que não existe evidencia cientifica forte para que,
se aumentar o limite de consumo de gordura saturada pra uma população
americana, não existe base nenhuma pra achar que isso vai prevenir doença
cardiovascular ou reduzir mortalidade”. Daí eles falam então que: “Continuar
limitando essas gorduras não é justificado pela evidencia disponível no
momento”. Dr. Souto, em outras palavras, as diretrizes que vão ser enfim,
implementadas esse ano, que vão ser válidas para os próximos 5 anos
aparentemente vão continuar, apesar da ciência demonstrar o contrário, a
demonizar e talvez reduzir ainda mais a sugestão de consumo de gordura
saturada. Isso é bastante preocupante, eu acho né?!
Dr. Souto: É, e é preocupante porque é só a cada 5 anos, as diretrizes em questão aí são válidas até 2025, aí as pessoas se perguntam: “Tá, mas e daí?! São as diretrizes norte-americanas não são as nossas”. Mas é que pessoal, as diretrizes norte-americanas influenciam o resto do mundo e influenciam especialmente aquilo que é ensinado nas universidades. Então mesmo que as diretrizes brasileiras já tenham superado isso desde 2014, relembrando as diretrizes brasileiras vigentes focam no grau de processamento dos alimentos, então o Brasil já superou essa questão dos macronutrientes, da pirâmide alimentar que você tem que comer tanto % de carboidrato, isso não consta mais nas nossas diretrizes que são, de uma forma geral, muito boas. Mas hoje um aluno de nutrição em uma típica universidade brasileira vai estar aprendendo o que está nessas diretrizes norte-americanas. Porque eles são escritos por nutricionistas, médicos, epidemiologistas influentes que escrevem os livros em inglês, que são traduzidos para o português e servem como base da educação. Então sim, isso é uma coisa que acaba nos afetando. Outra coisa incrível é que quando saíram as diretrizes de 2015, a Nina Teicholz escreveu um artigo no British Medical Journal que foi um artigo impressionante no qual ela mostrou a falta de rigor científico das diretrizes. E isso acabou provocando audiências no Congresso Norte-Americano no qual ela testemunhou e outras pessoas foram chamadas, e aí o Congresso Americano acionou o Instituto de Medicina (Institute of Medicine), e o Institute of Medicine no EUA é uma organização que, por exemplo, edita o livro que determina o quanto % de cada nutriente você tem que comer. Eu já falei aqui algumas vezes quando você olha pela: determinado alimento contem 80% da sua necessidade diária de cálcio, quem determina essas necessidades diárias de cálcio é o Instituto de Medicina. E o Institute of Medicine fez uma revisão sobre o processo que é utilizado pra montar as diretrizes nutricionais no EUA a cada 5 anos, e chegou a conclusão que esse processo era muito falho, falho por que? Porque embora se você pega as diretrizes de 2015, você vai ver que é um livro grosso e tem um monte de referencia bibliográficas, mas muitas referências importantes como você colocou Rodrigo estão faltando ali. E muitas referências que estão ali se quer dizem aquilo que o texto diz que elas dizem. Então imagina o seguinte, você diz assim: “Gordura saturada faz muito mal pra sua saúde”. Aí você coloca um numerozinho ali 15, 16, 17 que é a referencia numero 15, numero 16 e numero 17, aí você vai olhar as referencias 15, 16 e 17 lê elas todas e elas não afirmam aquilo que o texto diz que elas afirmam. Então esse tipo de coisa foi identificado, esse tipo de falha, primeiramente pela própria Nina lá em 2015, e o Instituo de Medicina chegou à conclusão que isso era fato, e aí o Instituto determinou e o Congresso americano ratificou que para as próximas diretrizes, 5 anos depois, agora, 2020, deveria haver uma revisão completa do processo. Eles deveriam ter um processo transparente, publicamente transparente de como as coisas estavam sendo feitas, deveriam usar métodos reconhecidos de classificação das evidencias e se recomendou o GRADE, que é um método que coloca o ensaio clinico randomizado como evidencia mais alta, coloca os estudos observacionais epidemiológicos como uma evidencia mais baixa. E aí havia realmente uma esperança, inclusive porque surgiu um subcomitê só para estudar as gorduras saturadas e houve uma promessa de que nas diretrizes desse ano seriam estudadas as dietas de baixo carboidrato e aí o que nós estamos falando pra vocês ouvintes é que mais uma vez o método GRADE não foi obedecido. Estão se ignorando estudos importantes, o pessoal está simplesmente colocando a sua opinião e referendando como referencias que, sei lá, talvez como 2015, se quer digam aquilo que elas dizem. E sobre as dietas de baixo carboidrato, a Nina postou varias vezes, indignada no Twitter esses dias, porque ela estava acompanhando presencialmente em tempo real as audiências desse comitê que está escrevendo as diretrizes e eles decidiram que dieta de baixo carboidrato era qualquer dieta que tivesse 40% ou menos de carboidrato. Bom, isso não é uma dieta de baixo carboidrato, isso obviamente, se você inclui esse tipo de estudo você está diluindo os resultados. O painel disse que não encontrou dietas com menos de 25%. Nossa, tem dezenas de ensaios clínicos randomizados…
Rodrigo
Polesso: 52 foram listados!
Dr.
Souto: 52! Então é uma coisa tão bizarra, tão inacreditável…
Rodrigo
Polesso: Tem que ser de propósito né?!
Dr.
Souto: É. Só pode ser de propósito! É tipo: “não vamos nos
desdizer, nó temos que manter a coerência, na última vez nós dissemos que
gordura saturada tinha que diminuir, então nós vamos dizer de novo e aliás,
vamos dobrar a aposta, tem que diminuir pra 0. E além do que, já que nos
disseram, nos cobraram que a gente tinha que incluir as dietas de baixo
carboidrato vamos dizer que baixo inclui pizza e hambúrguer, tá certo?!” Porque 40%, amiguinhos, se você quiser fazer
uma dieta com 40% das suas calorias na forma de carboidrato e você tiver
comendo comida de verdade, não vai ser fácil. Você vai ter que comer
quantidades insólitas de batata, de inhame, sabe, a não ser que você use
farináceo e açúcar, aí você consegue chegar em 40%, até passar, vai a 60% de
carboidrato. Porque aí você concentrou os carboidratos em formas
hiperpalatáveis que ocupam pouco volume e você consegue comer. Se você comer 2
donuts com cobertura de açúcar, pra você conseguir comer tudo isso de
carboidrato, de amido, a mesma quantidade de glicose em batatas, você teria que
comer acho que mais de ½ kg de batata.
Rodrigo
Polesso: Então, só para esse ponto mesmo, é muito conveniente pra
essa indústria de refinados que seja bem generosa a quantidade de carboidrato e
na verdade a pessoa do comitê das diretrizes que sugeriu, porque não coloca o
limite como 0 de gordura saturada? É o Dr. Jaime Hard que ele é,
adivinha… Diretor médico da Nestlé!
Que beleza! Então ele sugeriu pra se colocar em 0 o limite e depois tem a Van Horn que também é membro desse
subcomitê aí que tá pedindo para ser baixado de 10% para 7%, ela diz porque a
gente devia fazer igual a AHA faz, que é a Associação Americana do Coração, que
pede 7%, ignorando o fato que a Associação Americana do Coração tá indicando
uma recomendação para pessoas que tem problemas cardíacos, não que isso vá
ajudar, mas não pode aplicar a mesma coisa em uma população em geral. Sem
contar ainda, que a AHA já foi questionada por ter mais de 20% patrocínio dela,
de manter ela rodando, mais de 20% da grana vem de indústrias tanto
farmacêuticas, quanto alimentícias. Então pessoal, vocês veem que há um
emaranhado conflitos de interesse aqui muito grande, então essas recomendações
podem sim beneficiar muita gente, isso pode deixar mais fácil de se entender
porque tá tão difícil assim empurrar pra eles evidencias obvias que eles
deveriam considerar, né?!
Dr.
Souto: É, então eu acho que o que a gente tá vendo aí é uma
postura ideológica, no fundo é isso. A gente dá volta, dá volta e a conclusão
é: você tem que montar as diretrizes de modo a dar sustentação ao objetivo que
você quer. Se você coloca um limite de 7% de gordura saturada, fica difícil às
pessoas consumirem produtos de origem animal, né?!
Rodrigo
Polesso: Exatamente! É exatamente!
Dr.
Souto: Agora, fica fácil você consumir produtos
industrializados, porque a indústria vai fazer a receita do produto de acordo
com a diretriz. É o contrario, você deveria montar uma diretriz de acordo com o
mundo real, o mundo real é: comida de verdade, tem plantas e bichos, quem come
plantas e bichos, comida de verdade tende a ser mais saudável e comida de
verdade tem gordura saturada, e em níveis muito maiores do que 7% ou 10%.
Rodrigo
Polesso: Inclusive no azeite de oliva, no óleo de coco, em varias
coisas vegetais…
Dr.
Souto: Exatamente! Então, aí você faria o que? Como se fez no
Brasil em 2014, tira esses limites ridículos e coloca “olha, parem de consumir
alimentos processados e ultra processados, não use açúcar adicional, evite
farináceos e tal”. Não, a diretriz norte-americana ela nitidamente é ideológica
e ela é desenhada pra que você fuja dos produtos de origem animal e se abrace
nos produtos processados. A indústria alimentícia por sua vez, ela pode
reformular infinitamente as suas receitas pra que a receita do seu produto se
adeque à diretriz. Então “se a diretriz diz que é 10% de gordura saturada,
vamos fazer o nosso biscoito, nosso pão, com 10% de gordura”… “Ah não, mas
agora são 7%” bom, é só reformular a receita…
Rodrigo
Polesso: Exato. E é pior ainda, põe mais açúcar…
Dr.
Souto: Agora, a natureza não consegue se reformular pra casar
com as diretrizes. Só isso, essa pequena observação que eu fiz, deve fazer você
que tá nos ouvindo pensar e repensar e dizer assim: “cara, isso não é serio.” É
uma pena porque o que tá acontecendo é que cada vez mais as pessoas tão
ignorando isso aí, tão descobrindo por
conta própria, aqui seguindo o Tribo Forte, lendo livros… As pessoas estão
descobrindo e mudando sua saúde, revolucionando sua saúde, melhorando seus
marcadores, perdendo peso e tal e relegando essas diretrizes à irrelevância, no
entanto, eu acho ruim no longo prazo que órgãos oficiais se auto releguem à
irrelevância, porque me determinados momentos como a gente tá passando, um
determinando período a gente às vezes precisa que as pessoas se unam em torno
de uma determinada mensagem, e as pessoas com razão começam a desacreditar das
mensagens porque os órgãos oficiais fazem tanta bobagem né…
Rodrigo
Polesso: É, é verdade! Na melhor das hipóteses, isso tudo é
ideológico, na pior das hipóteses (que eu acho que é o mais provável) é que
tudo isso é de propósito por causa de interesses financeiros e conflitos de
interesses, que é o pior.
Dr.
Souto: É, assim, é difícil não pensar isso se você pensar assim
“nossa, como isso desfavorece a comida de verdade e como isso favorece a
indústria”. Porque repito, o que tá se montando é uma diretriz alimentar tão
diferente da matriz alimentar da comida de verdade que pra você seguir ela,
você se obriga a depender do industrializado. Difícil a gente imaginar que isso
seja por acaso né?!
Rodrigo
Polesso: Exatamente! E outra coisa, olhando os números dos
americanos que é a população mais doente do mundo, uma das grandes populações
mais doentes do mundo, eu não acho que seja restringindo mais do que já tá
restrito que vai mudar essa curva que tá aumentando… Então nem isso, nem
olhando “pô, a gente tá fazendo isso já há umas 3, 4 décadas e o pessoal só tá
piorando a saúde, o que será que a gente vai fazer pra melhorar? Restringir
mais ainda?”
Dr.
Souto: Esse “restringir mais ainda” é muito engraçado, ele é um
pensamento que ele é quase cômico, você reduz a gordura na dieta das pessoas,
aí a saúde delas não apenas não melhora, mas piora. Conclusão: você não reduziu
o suficiente. Tem que reduzir mais. Então você reduz mais, não adianta. Tipo,
não é possível contemplar a ideia de que “cara, quem sabe a gordura não seja o
problema?” é muito doido isso. Você opta por um caminho errado e a dissonância
cognitiva faz com que seja mais fácil você dizer “não, o meu caminho não é
errado, ele só não tá errado o suficiente.” Eu preciso reforçar ainda mais
aquilo do que a pessoa simplesmente pensar “olha, quem sabe o caminho não é
esse”. Então, é só pra tirar as esperanças de vocês aí pessoal, eu também já
tive, cheguei a escrever no meu blog alguns anos atrás, nesse período
2015/2016, eu disse: olha, eu acho que agora vai, nas próximas diretrizes é a
diretriz da mudança, é quando o pessoal vai dizer assim “não era assim”… Nem
precisam dizer que não era assim, basta mudar.
Rodrigo
Polesso: Acho que requer muita, muita, muita maturidade de uma
pessoa, você dizer que estava errado ou você revisar a consciência que você
defende e acredita por muito tempo. Então, as pessoas tem dificuldade de fazer
isso principalmente quando elas são sustentadas por interesses que não tiram
proveito da mudança de opinião. Durante toda a história a gente vem lutando
contra isso, né pessoal?! Não existiu um momento na história onde tudo fosse
perfeito e etc. A gente vai continuar lutando. A melhor forma de lutar, digamos
assim, é tentar pelo menos atingir as pessoas ao nosso alcance de uma forma
motivadora mostrando que pode ser possível ao se seguir coisas diferentes das
que são propostas. As pessoas ao sentir na pele os benefícios, elas se tornam
também devotos e começam a espalhar e agora mais do que nunca, né pessoal?!
Como a gente falou no episódio passado, em tempos de pandemia, Covid-19 e etc,
uma das coisas que veio mais a tona (não vou falar positivo a respeito disso,
porque é triste de qualquer forma), mas uma coisa que veio a tona e é positivo
de se lembrar, é a importância de um corpo saudável! E o tamanho do risco que
as pessoas já estão correndo, sempre correram, estão correndo mais ainda agora
quando estão com problemas metabólicos, que é o caso da maioria da população
americana, como eu falei no podcast passado, eles estimam que apenas 12% da
população americana acima de 20 anos é metabolicamente saudável, ou seja, uma
população doente, que vai ser impactada por qualquer ameaça à saúde. Agora essa
pandemia é um exemplo que tá mostrando isso, mas todos os problemas, a gente
fala os maiores matadores do mundo, câncer, problemas cardíacos, diabetes…
Então, essas pessoas tem o risco aumentado. Se tem uma coisa útil a respeito
disso é trazer a tona a importância de um metabolismo funcionando corretamente,
claro que todo que acompanha a gente aqui sabe disso né.
Dr.
Souto: Com certeza! Inclusive, esses dias alguém comentou no
Twitter, acho que foi aqueleFriedhoff, é um medico que escreve sobre
alimentação e tal, que ele achava incorreto aproveitar esse momento pra colocar
a sua agenda de defender a estratégia de dieta que você prefere… E eu
respondi pra ele, ele não me respondeu de volta, eu disse: olha, eu na realidade,
penso ao contrário. Eu penso que se você sabe que síndrome metabólica aumenta o
risco de Covid-19, aumenta o risco de uma serie de outras doenças e se você
trabalha, tem experiência, uma estratégia que pode ajudar as pessoas a
melhorarem isso, você tem a obrigação de aproveitar e lembrar. E ainda coloquei
pra ele, pra ser conciliadora, digo assim, seja com low carb, seja com low fat,
seja com plant based, naquilo que você tem experiência, porque a verdade é se
você fizer, se você ajudar uma pessoa a mudar pra uma alimentação com comida de
verdade uma pessoa que tá baseando a sua alimentação na dieta ocidental padrão
e em alimentos ultra processados, qualquer estratégia que você tenha
experiência como profissional da saúde, que você consiga melhorar o padrão
alimentar das pessoas, você vai estar ajudando elas. E acho que sim, é o
momento, é quase que uma responsabilidade nossa. E não é diferente de outras
coisas que você vai fazer pra melhorar a saúde delas, tem gente, por exemplo,
sugerindo para as pessoas fazerem atividade física em casa com peso do corpo,
como você conseguir ficar ativo se você tá restrito dentro de um apartamento…
Pô, eu também acho isso bom, não acho “nossa, você está se aproveitando da
situação para ensinar as pessoas a fazerem exercício”. Você esta fazendo uma
coisa boa usando a situação de crise pra chamar a atenção de que as pessoas
podem fazer alguma atividade física mesmo fora de uma academia de ginastica
formal, e eu não vejo nada de ruim nisso, só vejo coisas boas. Se você quer
aproveitar e orientar que as pessoas leiam bons livros ou assistam bons filmes,
aproveitem pra se nutrir do ponto de vista intelectual também nesse período, eu
mal há? Então que mal há em a gente sugerir que as pessoas percam barriga,
melhorem a gordura no fígado, reduzam a insulina, melhorem a pressão artéria…
Né?!
Rodrigo
Polesso: Falou muito bem! Concordo plenamente! Tá cheio de hater
por aí, se as pessoas usassem essa energia pra colocar hater nas mídias sócias
em fazer uma coisa útil para as pessoas que eles têm alcance, seria muito
melhor, com certeza! Aproveitar essa energia de forma produtiva. Como por
exemplo, o caso de sucesso de hoje, quem mandou pra gente a foto do antes e
depois, foi a Cassia, ela falou: “agradeço muito ao programa, minha vida é
outra e meu corpo também”. Ela perdeu 13kg, antes e depois, novamente fazendo o
que? Alimentação forte! Que é que? Basicamente, alimentação de verdade, você
ajusta os macro nutrientes de acordo com o objetivo de cada pessoa, no caso
dela era emagrecimento, que é isso que o programa Código Emagrecer De Vez faz.
Comida de verdade otimizada para o emagrecimento. Uma perda de peso de 13kg pra
se manter pelo resto da vida, você pode fazer isso, aprender tudo que a gente
compartilha aqui nos 200 e poucos episódios do Tribo Forte, nas centenas de
vídeos que eu tenho no youtube também, na internet… Como você quiser. Mas se
você quiser a mão aí passo a passo em 3 fases, você pode entrar no programa codigoemagrecerdevez.com.br
para você seguir isso e também no futuro mandar pra a gente o antes e depois.
Maravilha?! Ok. Dr. Souto, hora da degustação, o que foi ou vai ser degustado por
você no almoço, compartilha com a gente aí…
Dr.
Souto: Então Rodrigo, ainda não sei o que vai ser degustado no
almoço, uma boa pergunta. Não me preparei pra isso, acho que inclusive, talvez
tenha que pedir algum delivery. Não tenho comida em casa… Esses dias nós
comentamos isso, né?! Mas não custa comentar de novo, delivery não precisa ser
só pizza. Especialmente como um desses efeitos colaterais dessa nova situação
aí da pandemia, você passa a ter uma disponibilidade de muito mais variedades
de coisas pra tele entrega. Então assim, vários restaurantes que antes não
entregavam, agora estão entregando. E particularmente, aqui em Porto Alegre tá
fácil de encontrar carne, churrasco pronto, pra entregar em casa. Também os
restaurantes tradicionais, que servem outras coisas, frutos do mar, peixe, tá
todo mundo entregando.
Rodrigo
Polesso: Isso é legal! Abre o leque pessoal! Vamos abrir o leque!
Aproveitar né?! Comida de verdade com certeza. Comprei um corte hoje chamado
prime rib, que lá no Brasil também existe, nunca fiz, vou tentar fazer no forno
aqui, assado, é um corte excepcional então isso que eu vou ter de almoço hoje
aqui. Como eu falei pessoal, varias vezes já, aproveite esse momento que você
está em casa enclausurado aí, pra tentar… Já que está com mais controle sobre
a sua alimentação também, pra tentar fazer coisas diferentes, de formas
diferentes, formas diferentes de preparar, cortes diferentes, preparações
diferentes… Você está com mais tempo, você pode tentar fazer isso, expandir o
seu leque aí de comida de verdade. Há um universo de sabor a ser explorado aí, então
fica meu incentivo novamente pra você aproveitar, tentar coisas diferentes, ver
o que acontece, é uma sensação muito boa quando você tem o poder de criar o seu
alimento. E quando você não consegue fazer isso, você pede um delivery, como o
Dr. Souto fez, que também é sempre uma opção válida nesses tempos, ainda melhor
nesses tempos, e como ele falou, tem restaurantes muito bons que agora estão
oferecendo esse tipo de serviço. Maravilha! Pessoal, sigam a gente nas mídias
sociais, por favor! Sigam Dr. Souto lá no Telegram, DR SOUTO, também Rodrigo
Polesso em todo lugar, inclusive no Instagram. E se você quer testar mais de
550 receitas e mais receitas colocadas semanalmente lá, novinhas, no portal da
Tribo Forte, é só você entrar em triboforte.com.br , além das receitas você
pode assistir a gravação de todos os eventos ao vivo da Tribo Forte que estão
lá dentro, as palestras todas. Isso pode sim mudar a sua vida! Não é um
netflix, mas vale a pena assistir pessoal. Maravilha! É isso aí,
triboforte.com.br . Foi um prazer estar
aqui de novo. Semana que vem a gente tá aqui novamente pra atualizar vocês
sobre o que tá acontecendo nesse mundo aí da saúde e nutrição. Maravilha?!
Grande abraço então pra todo mundo! Dr. Souto obrigado! A gente se fala!
Dr.
Souto: Um abraço! Até a próxima!