Nós mantemos crianças sentadas. Quase todos os dias por cinco ou seis horas na escola, mais duas ou três horas para estudos em casa, ou outros cursos.
Em todo esse tempo não as ensinamos sobre como abrir um negócio, como escolher um bom companheiro, não magoar os amigos, ou como poupar dinheiro.
É sobre a soma do quadrado dos catetos que tanto as convencemos.
Noventa por cento das pessoas não usam isso nunca mais.
Crianças sentadas geram adultos sentados. Adultos sentados geram adultos incomodados a levantar-se.
Daí nos levantamos apenas para não nos tornamos doentes, mas na minha opinião, a esta altura já estamos.
O movimento forçado, o “fazer odiando” da prática física, é o atestado do quão errado é o caminho que tomamos.
É triste que o natural não seja comum. É uma pena que defequemos sentados, e não de cócoras, como a natureza quis. Pena que parir sem analgesia e cesariana seja tão chocante. Pena que comer comida de verdade seja tido como “extremo e radical”. Pena não dormirmos quando o sol se põe, a fim de cumprir mais e mais horas de trabalho. Pena que os valores e deveres tenham se perdido numa infinita inclusão digital, presente (de grego) de uma economia crescente, rebelde e insustentável, mesmo para aqueles com dedos opositores.
Deixemos um abraço à evolução!