fome emocionalAh! Tenho certeza que o assunto de hoje é de seu interesse! Afinal, quem de nós não come por motivos emocionais?

Comida é um conforto que usamos rotineiramente não só para ajudar na satisfação da fome, mas sim, para aliviar nossas emoções!

Agora, por que fazemos isso? Por que o “vício” de comer emocionalmente é o mais difícil de se tirar e qual realmente é o caminho correto a se seguir para se livrar dele?

Tudo isso eu vou cobrir agora neste nosso bate-papo, tranquilo? Vamos em frente!

Por que comemos com as emoções?

Assim como a expert americana neste assunto, Tricia Nelson, diz, nós geralmente comemos com as emoções por 3 motivos principais! São eles:

  • Alivar uma dor ou desconforto emocional.
  • Como forma de “escapar” da realidade um pouco.
  • Como forma de se punir ou se conformar.

Você pode pensar no seu caso e se identificar com um ou mais dos ítens acima. Estas são as principais razões, pelas quais, comemos com as emoções!

Claro, muitos de nós comemos também como prêmio ou recompensa, mas nestes casos, geralmente é algo que fazemos voluntariamente e que não chega, na maioria dos casos, a ser um problema.

Bom, se pensarmos um pouco sobre as 3 causas, faz, realmente, sentido, não é?

Sabe quando temos aqueles dias cheios e estressantes? Estamos pra baixo, chegamos em casa e resolvemos comer o que é que for para confortar este sentimento. O problema é que isso geralmente acaba causando outros sentimentos ruins depois de arrependimento, desânimo com o peso, saúde, etc. Este é só um exemplo.

O interessante é que nós sabemos, racionalmente, que comer com as emoções não é bom pra nós, etc, etc. Mas quem disse que nossa razão tem mais poder que nossas emoções? Não, não! 🙂

Mesmo entendendo conscientemente que estamos com “fome emocional”, isso não ajuda em nada. Não adianta força de vontade apenas para curar este tipo de coisa. Nós, seres humanos, somos comandados por emoções! São elas que decidem o que e quando fazemos as coisas, logo, nossa atenção deve ser focada nelas!

Comer emocionamente é, sim, um vício e digo mais, é um dos vícios mais difíceis de serem curados e por motivos bastante interessantes. Isso que veremos no ponto abaixo:

Por que o vício da comida é o mais difícil de se tirar?

Bom, pra começar, quando você come com as emoções, seja sincero(a), você vai na geladeira querendo encher a cara de brócolis? Não né! Nós procuramos comidas que nos confortem, que nos dêem um prazer imediato.

E quais são elas? Carboidratos, obviamente. Mais especificamente, DOCES! Isso!

Na maioria das vezes, procuramos por algo doce! Nosso DNA é codificado para sermos magnetizados em direção à coisas doces! Imagine, pela perspectiva da sobrevivência, qualquer alimento doce encontrado na natureza, é denso em calorias e fornece energia preciosa para o nosso corpo. Porém, na natureza, são raros os alimentos que são doces mesmo. Logo, quando encontramos algo, tendemos a realmente aproveitar. O problema é que hoje nós encontramos esses alimentos a qualquer hora e em qualquer lugar.

Enfim, o ponto é que nós queremos comida que nos dê prazer e os doces são geralmente a primeira opção.

Agora, veja uma estatística interessante. No século 18, as pessoas consumiam uma média de 2kg de açúcar por ano! Agora, nos tempos atuais, uma pessoa consume em média 65kg de açúcar por ano! Que tal? Esta estatística foi mencionada pela Dr. Nicola Bird em entrevista.

O açúcar está em todo lugar e está mais acessível do que nunca! Agora, veja por que isso é ruim.

Açúcar vicia (artigo sobre isso)!! Sim, carboidratos refinados e densos como massas, pães, doces, bolos, etc, causam dependência fisiológica no seu cérebro! A maioria de nós já está viciada e nem ao menos sabemos disso.

Uma forma fácil de você fazer um teste é tirar qualquer tipo de alimento doce e derivado de farinha de trigo da sua dieta alimentar por 1 semana. A maioria das pessoas vai sentir uma vontade LOUCA de comer um pão, massa, etc e outros ainda podem ter sintomas de absinência como dores de cabeça, etc. Isso é fato, é documentado cientificamente.

Agora veja, estas coisas não existiam no mundo durante a maior parte da história humana, logo, é fato concreto que estes alimentos NÃO são essenciais e necessários para nosso corpo, porém, nós ainda sentimos esta vontade LOUCA de comê-los. Sim, estamos viciados.

Nota: Esta vontade passa quase que magicamente se você persiste na abstinência e começa a incluir alimentos realmente nutritivos na sua dieta alimentar.

Enfim, poderia falar muito sobre isso, mas este não é o assunto principal.

Vamos ver agora outros motivo que tornam o vício pela comida ser algo fácil de se adquirir e difícil de se livrar.

Ser viciado em comida, ao contrário de ser viciado em drogas, álcool, cigarros, etc, é muito mais aceitado socialmente, certo? Ninguém vai, necessariamente, te crucificar por você comer com as emoções, ao contrário, do que acontece se você for viciado em outras drogas.

Outra coisa, quando estamos viciados em comer emocionalmente, nós não temos saída, ou seja, ao contrário do que acontece com os que são viciados em cigarros ou álcool, nós não podemos ir ao AA (Álcoolicos Anônimos) ,por exemplo, para vencermos a abstinência. Nós TEMOS que comer! É difícil de se livrar de um vício se nós somos obrigados a praticá-lo diariamente, não é verdade?

Você não precisa fumar um cigarro diariamente para sobreviver, mas precisa, sim, comer! Logo, estar em contato diário com o vício, torna muito mais difícil de se passar por ele.

Outros fatores ainda complicam. Geralmente quando comemos de forma emocional, tendemos à estarmos estressados por algum motivo. Se estamos estressados, nosso corpo, naturalmente, reduz o nosso metabolismo, ou seja, nós gastamos menos calorias por dia. Porém, justamente por estarmos estressados e pra baixo (na maioria das vezes) é que nós procuramos por conforto na comida e acabamos comendo DEMAIS.

Péssima combinação, certo? Estresse faz com que nosso corpo diminua o metabolismo, gastando menos calorias e nós ainda comemos a mais!

Mas caramba, será que existe, então, um caminho da luz para sair desta situação? Isso que vamos ver no próximo ítem.

Qual é o verdadeiro caminho para a cura dessa situação?

Por mais óbvio que seja, nós precisamos entender que não adianta tentarmos contar com força de vontade apenas. Nós precisamos nos direcionar às nossas emoções!

A única forma de darmos sentido à tudo isso e encontrarmos uma “cura” é se encontramos a raiz do problema.

Se fizermos como a maioria das pessoas faz, ou seja, tentarmos focar na consequência, ao invés, da causa, jamais iremos suceder. Não adianta nos forçarmos a não comer aquele chocolate quando a vontade é matadora! Não adianta! Se você não comer o chocolate, você vai acabar liberando aquela vontade emocional em alguma outra coisa depois, seja comida, brigas com sua família, desenvolvimento de problemas de saúde, etc. Algum escape vai ter que existir para sua carga emocional.

Logo, precisamos fazer as pazes com nossas emoções. Soa tão simples, porém, eu acredito que isso seja uma das coisas mais difíceis de se fazer.

O que sugiro, assim como a Dr. Nicola Bird, psicoterapeute PhD americana, diz, é pensar na nossa relação com a comida. Como assim?

Bom, como eu geralmente digo, o primeiro passo para a solução de qualquer problema é ter consciência de que ele existe. Logo, quando você estiver comendo por motivos emocionais, o primeiro passo que você precisa dar é estar ciente disso. Ou seja, quando você estiver se sentindo pra baixo e pegar aquela barra de chocolate na mão, pense no que esta fazendo e esteja consciênte de que existe uma emoção dentro de você que está engatilhando sua vontade de comer aquele chocolate. Só isso chega.

Coma o bendito chocolate dessa vez, sem problemas. Se parabenize por ter colocado luz sobre o problema.

Já que você identificou o problema, tente parar uns 10 segundos e tentar identificar que tipo de emoção que você está sentindo. Você tem vontade de comer o chocolate, tudo bem, mas tente identificar qual a emoção dentro de você que está fazendo com que você sinta a vontade de comê-lo. Será por que foi maltratado(a) hoje no trabalho e está se sentindo com a auto-estima baixa? Será por que você não tem a menor idéia de como vai conseguir pagar as contas? Será por que brigou com o namorado? Será por que simplesmente está desanimado(a) com a vida?

Enfim, os motivos podem variar muito, porém, ter ciência do tipo de emoção que você está sentindo é algo muito inteligente de se fazer e é um passo importante para a “cura” da situação.

Agora, mesmo que você encontre a causa certinha, ainda nos resta o hábito que se construiu! Veja, se você vem comendo com as emoções à algum tempo e comendo coisas do tipo doces, massas, etc, isso vicia!

Logo, mesmo que você cure a parte emocional, o hábito ainda irá estar presente. Porém, o hábito é bem mais fácil de se curar do que a primeira parte que você já venceu.

Agora, veja a sacada. Uma vez que você conseguiu enxergar as emoções que despertam a gula em você, você pode muito bem usar a sua razão agora para colocar elas em cheque e substituí-las por outras emoções da sua escolha.

O próximo passo é tentar conectar alguma emoção positiva e isso não é fácil.

Você precisa pensar algo nas linhas de: “Se o mundo inteiro estiver em chamas e tudo estiver caindo ao seu redor, você ainda terá a si próprio(a)!”.

Você, o seu ser, a sua alma ou o que for que acredite, ainda existirá e é o seu dever cuidar disso! Se nada mais existir, você ainda vai ter a sí próprio(a) e vai querer cuidar muito bem de si! Você, concorde ou não, é a coisa mais importante que existe no mundo, no seu mundo! Você quer cuidar muito bem de si.

Quando nos vemos desta forma e acabamos realmente nos aceitando, mesmo com todas as falhas e imperfeições que temos, viramos a chave da mudança dentro de nós e passamos a nos valorizar mais e a nos CUIDAR mais.

É…. eu sei, papo de auto-ajuda né? hehehe… pois é. Tenha os preconceitos que tiver, pense como quiser pensar, mas saiba que isso FUNCIONA! Simples assim.

Ao se valorizar e aceitar o seu dever de ser o melhor que pode ser, você começará a ser viciado(a) em se nutrir corretamente! Você começará a sentir vontade de comer alimentos que te ajudem a VIVER e não a sofrer.

Você terá controle sobre sua gula. Claro, ela ainda vai existir as vezes. Você ainda irá comer por motivos emocionais, sem problemas. A diferença é que você vai ESCOLHER fazer isso quando quiser, irá ter controle sobre isso e não mais será vítima de um vício descontrolado.

Quando o assunto é emoções, não existe pílula alguma que irá solucionar o seu problema. Podemos ter soluções paliativas, como sabemos, mas estaremos nos enganando. A mudança realmente acontece quando nós, aos poucos, começamos a ver o quão importante nós somos para nós mesmos e que nós, nosso corpo, nossa mente, somos a única coisa no universo, sobre a qual, temos o direito, dever e capacidade de controlar.

Conecte emoções positivas aos seu hábito de comer com as emoções! Dê preferência à comer para comemorar e celebrar algo ao invés de se confortar somente. Se confortar faz parte e é tudo de bom, desde que você tenha CIÊNCIA do que está fazendo! Você tem o controle 🙂

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É isso, espero que o artigo de hoje tenha sido inspirador e que possa motivar você a sempre buscar o melhor em si! O meu papel acaba no momento em que seus olhos passam por estas linhas. Daí em diante, o poder está contigo!

Eu pesquisei bastante sobre “emotional eating”, ou seja, sobre comer com as emoções e tudo mais, inclusive, adicionei um ótimo capítulo motivacional no livro eletrônico oficial aqui do site e posso te dizer que, por mais que a ciência avance, a cura verdadeira estará sempre dentro de nós!

Um grande abraço e viva saudavelmente,

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Referências Interessantes

Dr. Nicola Bird – http://www.drnicolabird.com

Tricia Nelson – www.healyourhunger.com

Fonte: https://emagrecerdevez.com
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