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Neste episódio:

  • Microbiota intestinal? Qual o estado da ciência e da hype?
  • Um doce bota tudo a perder na dieta?
  • Queda de cabelos.

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🙂

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Referências

Post do Stephen Guyenet

Estudo Feito em Ratos Testando 3 Diferentes Dietas

Estudo Feito em Humanos Com o Objetivo de Analisar os Efeitos no Peso do Transplante Fecal de Pessoas Magras

 

Casos de Sucesso do Dia

Cássio

 

 

 

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Bom dia para você! Pegue o seu café fresquinho, é claro, preto, sem açúcar, obviamente. Não é, pessoal? Bem-vindo ao podcast número 108 aqui da Tribo Forte, a sua dose semana de saúde estilo de vida, emagrecimento… estilo de vida no geral. Pessoal, hoje a gente vai comentar sobre dois assuntos principalmente. Na verdade, dois principalmente, um como detalhe. Primeiro a gente vai falar um pouco sobre microbiota intestinal. Qual é o estado da ciência e da hype a respeito disso? Vamos falar um pouco também sobre queda de cabelo. É uma pergunta que acontece frequentemente a questão da queda de cabelo. Vamos comentar um pouco sobre isso para te ajudar. E também vamos tocar rapidamente num assunto… será que um doce coloca tudo a perder na dieta? Será que isso acontece mesmo? Precisa ficar com tanto medo assim? Deixa eu dar as boas-vindas para o dr. Souto nesse podcast. Tudo bem, doutor?

Dr. Souto: Tudo bom. Tudo bom, Rodrigo. E boas vindas também aí para todos os nossos ouvintes!

Rodrigo Polesso: Com certeza. Então, só para deixar o pessoal na mesma página: na semana passada teve um encontro, o Primeiro Encontro Internacional da Tribo Forte. Juntei um pessoal que conhece a Tribo Forte, conhece o Emagrecer de Vez aqui em um parque para trocar uma ideia em um sábado de manhã, um papo informal. Foi a primeira vez que fiz isso e achei bastante bacana, já que tem brasileiro em todo lugar. Então foi bacana reunir esse pessoal aqui no parque, tirar umas fotos, conversar… foi bem legal. E é legal porque essa iniciativa realmente tem a ver, está alinhada com o objetivo de tornar isso um movimento, um movimento de saúde. Como eu sempre digo, agora está na moda ser saudável e estar na boa forma. Bom, outra coisa bacana também sobre a Tribo Forte ao vivo 2018, a abertura de ingressos foi de 48 horas como eu falei, vendeu centenas de ingressos. Está fechada nesse momento, mas eu sugiro que se você tem interesse em ir nesse evento (que vai ser espetacular, sem dúvida) em setembro em São Paulo, você pode ver todas as informações online. É só você entrar em TriboForte.com.br/aovivo. Como eu falei, nesse exato momento não está disponível… ingressos não estão disponíveis, mas você consegue colocar seu e-mail lá para te avisar assim que novos ingressos ficarem disponíveis. E ainda você pode ver todos os detalhes sobre o evento lá. Então é só você entrar em TriboForte.com.br/aovivo, ou só TriboForte.com.br e clicar em evento ao vivo lá no menu. Antes da gente começar com a pergunta da comunidade, tem uma… eu vi no Twitter ontem uma notícia bacana, dr. Souto, você deve ter visto também. Falando sobre o British American Journal, que vai começar um jornal novo sobre ciência e política da nutrição. Porque a editora chefe do British American Journal falou que é tempo que a gente comece a reconhecer que comida e nutrição são o centro da saúde. Olha só: é tempo, não é?

Dr. Souto: É! Eu vi a notícia, e me chamou a atenção. Fiquei bem alegre. E por dois motivos: um porque o British American Journal está se tornando para mim uma das melhores revistas médicas de interesse geral do mundo. Eu hoje vejo muito mais coisas interessantes no BMJ do que no Jama, do que no Lancet, do que no New England. O BMJ está se destacando cada vez mais. E segundo porque esta editora, Fiona Godlee, ela é sensacional. Ela é uma pessoa que tem uma postura muito firme no que diz respeito à conflitos de interesse, tem uma postura muito firme no que diz respeito às declarações de conflitos de interesse dos autores. E ela já enfrentou a indústria farmacêutica mais de uma vez em disputas no que diz respeito ao BJM. Então ele é uma pessoa super séria e o que eu vejo, o que eu sinto é que ela está dizendo assim: vamos fazer, já que as outras revistas científicas de nutrição não estão fazendo isso, vamos fazer uma revista de nutrição que, finalmente, pegue pelo lado certo a coisa, a influência fundamental da nutrição na saúde e não simplesmente dizer assim: coma uma dieta saudável. E o que é uma dieta saudável? É a pirâmide alimentar.

Rodrigo Polesso: Com certeza. Eu estava super animado para isso. Até tendo em vista o que a Marcia Angell, do New England Journal of Medicine, a ex editora falou que ela mesma saiu do cargo dizendo que era impossível confiar na maioria das publicações e confiar até na autoridade dos médicos e também das guidelines. Então a gente vê quão corrompidos esses jornais podem ficar. Fico feliz com essa nova iniciativa, acho que vai ser bem bacana. E o lançamento é para ser em junho de 2018. Então logo. Maravilha! Vamos aquecer aqui então antes de falar da microbiota. Uma pergunta da comunidade. Quem pergunta é a Graciela Jordão e eu vou jogar a bola para você, dr. Souto. “Eu estava em um jejum intermitente de 20 horas. Jantei uma alimentação forte, mas experimentei um doce. Será que eu estraguei todo o meu esforço?” E ela colocou uma carinha triste.

Dr. Souto: Olha só, tem várias formas da gente responder isso. A primeira é o seguinte: a não ser que o doce tenha sido uma torta inteira, é difícil que ela compense (e aqui eu estou falando exclusivamente de calorias, no nível mais baixo do pensamento). Se uma pessoa ficou… 22 horas ela falou?

Rodrigo Polesso: Vinte.

Dr. Souto: 20 horas em jejum, ou seja, quase um dia inteiro, ela provavelmente deixou de comer neste período, quem sabe, quase 2.000 calorias. Então, repito: se o doce foi um brigadeiro, um quindim, alguma coisa assim, ela deve ter comido no máximo umas 200 calorias, quer dizer, um décimo disso. Então no pensamento exclusivamente calórico não, com certeza não perdeu todo o esforço. Bom, agora vamos imaginar que nem fosse jejum, que simplesmente ela estivesse fazendo uma dieta low carb, uma alimentação forte, estivesse consumindo uma alimentação rica em alimentos de alto valor nutritivo e pobre em carboidratos refinados. E aí ela de repente come um disse. Isso coloca tudo a perder? Não, não coloca. Porque na realidade o que importa é o que a gente faz na maior parte do tempo. Se a gente está 90% do tempo fazendo a coisa certinha, não é um docinho que vai fazer tanta diferença assim. O problema é quando esse docinho ocorre no dia, no dia seguinte e no outro, ou duas vezes por dia, quando aquilo se torna um hábito. Eu sempre digo e vou aproveitar a deixa para dizer de novo, que eu não gosto do nome “dia do lixo”, porque eu não acho que a gente tenha que comer lixo, não acho que necessariamente um docinho bem colocado, em um momento seja lixo. E eu não acho que deva ser um dia inteiro. Então eu acho que uma refeição livre ou um docinho fora da sua dieta é uma coisa que pode ter lugar. A vida tem momentos em que essas coisas vão acontecer. Então o que existe é um pensamento mágico por aí, de que uma dieta low carb ela funciona desde que seja executada com uma perfeição monástica, e se um dia a pessoa tiver uma pequena falha, aquilo imediatamente bota tudo a perder e aqueles 10 quilos que a pessoa perdeu, ela vai ganhar de um dia para o outro. É um pensamento mágico, que eu acho que tem um pouco por trás a questão do glicogênio, da retenção de líquido que ocorre quando a gente come carboidratos. Então a pessoa está em uma low carb, e aí come lá uma torta do casamento e no outro dia acorda com 1,5 kg a mais. Obviamente isso não é gordura, pessoal. Não tem como engordar 1,5 kg em um dia. Isso é o fato de que a pessoa retém glicogênio. Glicogênio é uma molécula hidratada, que retém água junto. Tanto isso é verdade, que a pessoa retomando seu estilo de vida alimentar, retomando sua dieta, em 3 a 4 dias aquele quilo e meio foi. A gente não ganha, nem perde gordura tão rápido assim. Então, respondendo diretamente para ela. Não, ela não botou tudo a perder, não.

Rodrigo Polesso: Eu concordo exatamente com tudo o que você falou. Eu acho que o maior dano neste caso deste doce, o maior dano, dependendo da pessoa, poderia ser no psicológico. Uma pessoa que está enfrentando compulsão alimentar, enfrentando algum problema psicológico em relação à comida, o fato de você reforçar esse vício, essa tentação ao experimentar aquele docinho, pode colocar você uns passos para trás nesse aspecto. Mas, de novo, acho que o mais importante é ter a visão total, visão do todo, a visão da tendência que você está indo. E realmente não se martirizar por causa de uma coisa tão pequena, desde que essa coisa pequena não se torne rotina e desde que essa coisa pequena seja um avanço comparado com o que você vinha fazendo antes. Então manter em mente a perspectiva do todo acho que é importante.

Dr. Souto: Isso aí.

Rodrigo Polesso: Primeiro tópico, olha só, microbiota. Será que o impacto da nossa flora intestinal no nosso peso é tanto quanto imaginamos? Eu confesso que quando eu fui em algumas conferências de saúde nos Estados Unidos, eu comecei a achar (assim como muitos profissionais) que a microbiota parecia ser a solução, uma das últimas peças do quebra-cabeça do ganho de peso e da saúde. No entanto, a hype começou a crescer e muito é dito sem que haja base científica para justificar. Então digamos que a moda pegou, como diz. A hype cresceu mais do que a ciência para acompanhar. Eu comecei a ficar mais cético a respeito disso ao longo do tempo e, veja, eu mesmo fiz adaptações no meu estilo de vida alimentar, tomando probióticos, comendo fermentados e fazendo teste de microbioma também. Hoje eu estou bem mais, digamos, sóbrio a respeito disso, mais cético a respeito disso e até arrisco perguntar: será que a qualidade e diversidade da nossa microbiota seria apenas um resultado da nossa alimentação, e claro, peso e não a causa que gera grande peso e mudança alimentar como muitos dizem? É uma pergunta válida, na minha opinião. O Stephen Gunier postou agora recentemente um artigo no blog dele questionando algumas coisas e investigando a ciência vigente sobre isso. Eu queria sumarizar rapidamente aqui os três pontos que ele fez para a gente poder trocar um papo sobre isso. Bom… O primeiro ponto é sobre um dos primeiros estudos nessa área de microbiota… O qual deu meio que origem a toda essa hype de microbiota, que afeta o peso e etc. O estudo original foi publicado em 2006 no jornal Nature, e aparentemente ele mostrou que o transplante de fezes de ratos obesos para ratos magros fez com que esses começassem a ganhar peso. Mais recentemente, um pesquisador de microbiota o Matthew Douby… Ele investigou criteriosamente esse artigo original e a conclusão foi que os resultados do estudo podem ser explicados mais por um fenômeno estatístico… Regressão à média… Do que resultados reais de fato. A forma como os dados foram interpretados também só piorou o resultado. Depois, outro estudo feito em ratos publicado ano passado que testou três dietas diferentes… Low fat refinada, low fat sem ser refinada e uma high fat refinada… Concluiu que os ratos da high fat refinada ganharam bastante peso comparados às outras duas, afinal a gente sabe que dieta alta em gordura em ratos provoca o ganho de peso, porque não é alimentação natural deles. No entanto, a parte interessante é que a microbiota intestinal do grupo dos ratos gordos, comparada com os magros era bastante similar – não justificando que a microbiota foi o que interferiu no peso. E os humanos? Os humanos… Pois é. O primeiro estudo em humanos com o objetivo de analisar os efeitos no peso no transplante fecal de pessoas magras para pessoas obesas foi publicado ano passado. Todos os links vão estar na pauta, no EmagrecerDeVez.com, pessoal. O objetivo do estudo era analisar a mudança de peso, mas acabou ignorando tudo isso depois e focando no aparente aumento de sensibilidade à insulina ao invés. Na verdade, o estudo acompanhou um grupo de pessoas por 18 semanas e não houve nenhum impacto em peso. Esse argumento aparente de que houve ganho de sensibilidade à insulina é bastante questionável devido ao método de análise que eles utilizaram. O ponto disso tudo é o seguinte. A hype sobre microbiota intestinal está muito grande, mas a ciência não parece justificar. Isso não quer dizer que a microbiota não interfira no peso, só quer dizer que o que é dito com ênfase por aí não tem tanta base científica assim para corroborar essas afirmações. Então, é um assunto novo, como a gente já falou, Dr. Souto. A microbiota é uma área de estudo nova. Muita gente acha que é a solução de tudo no mundo e agora tem muita gente também questionando isso por causa dessa falta de base científica também. O que você tem a falar sobre esse assunto? O que você tem sobre esse assunto?

Dr. Souto: Acho que o Guinée deu uma dentro nesse artigo dele. Muitas vezes quando eu dou palestra por aí… O pessoal me pergunta… Na fase das perguntas alguém levanta e pergunta, “E a questão da microbiota? E os probióticos? E o kefir e etc.?” E o que eu costumo responder? Por um lado eu não tenho dúvida de que a microbiota é importante no processo de saúde, doença… E seguramente é importante no que diz respeito a essa questão de ganho ou perda de peso. A questão é… O quanto nós sabemos, ou melhor, o quanto nós não sabemos sobre isso. Então, dizer que algo é importante… Admitir que algo possa ser importante não significa nem de longe que a gente tenha conhecimento suficiente para atuar sobre isso. Então, por exemplo… O fato de eu entender que microbiota possa sim ter a ver com o processo de síndrome metabólica, doenças autoimunes… Não significa que eu saiba qual é o melhor probiótico para dar para alguém. E quando eu digo “eu”, quero dizer a comunidade científica. Porque, no fundo… E aí a gente volta no assunto que a gente sempre toca aqui… A gente precisa do quê? Ensaios clínicos randomizados com desfechos concretos. Então, imagina o seguinte… Que eu tivesse, por exemplo um grupo de 100 pacientes diabéticos… Que eu randomizasse, que eu sorteasse esses pacientes para dois grupos… Um grupo vai ter cuidados usuais e o outro grupo vai ter cuidados usuais, mais uma coleção de probióticos. E que esses pacientes sejam avaliados depois de três meses e aquele grupo que consumiu os probióticos tem uma hemoglobina glicada significativamente melhor. Aí eu vou dizer, bom… Realmente nós devemos utilizar este conjunto específico de probióticos para diabéticos. Eu desconheço estudos que mostrem resultados concretos como esse. O que nós temos são estudos em animais com todos esses problemas, ou então aqueles estudos em que se dá um determinado probiótico e se observa que melhorou algum marcador que é um desfecho substituto… Alguma coisa melhorou… A interleucina 6, ou seja lá o que for que… Cá entre nós é pouco significativo. Então, quando a coisa vai ao nível de comida é mais difícil ainda dizer. Quer dizer… Se eu tenho um determinado iogurte que é feito com determinado lactobacilos… Será que esse iogurte… Ele é bom para a saúde por causa dos lactobacilos que ele contém ou ele é bom para a saúde simplesmente porque ele é uma boa fonte de proteínas de alto valor biológico e é baixo em carboidratos? Então, assim, é muito difícil isolar essas variáveis. E a minha resposta quando as pessoas perguntam costuma ser exatamente essa. É um assunto complexo. Acredito que microbiota intestinal tenha muito a ver com o processo de saúde e doença. Mas acredito que nosso conhecimento é tão absolutamente rudimentar sobre o assunto que a gente só pode dizer isso. É importante, mas eu não sei o que fazer. Talvez a gente possa comentar o que não fazer. Ficar tomando antibiótico sem necessidade com certeza não é uma boa, porque vai matar de forma indiscriminada essa microbiota e causar disbiose. Consumir alimentos ultraprocessados a gente sabe que altera de forma aparentemente adversa a microbiota. Mas eu já comentei aqui em algum podcast nosso de um estudo que deixou o pessoal muito perplexo. Eu não vou saber os detalhes exatos para vocês, mas o estudo existe. Ele foi feito com os hadza, que é a tribo de caçadores-coletores preferidas dos antropólogos, aparentemente. E o que que eles viram? Em populações ocidentais, se nós pegarmos um cara saudável… Rodrigo Polesso. O Rodrigo come bem, se exercita, dorme bem. Eu vou pegar e fazer uma análise na microbiota dele e vai ter um determinado padrão de microbiota que é diferente de se eu pegar um sujeito sedentário, pré-diabético, obeso. É bem nítida a diferença dos tipos de… Dos filos de bactérias que ocupam essas duas situações. No entanto, quando eles foram ver os hadza, que são super fit… Eles caminham 15 mil passos por dia… Não têm doenças crônicas degenerativas… Não têm síndrome metabólica. São todos magros. Enfim, são caçadores-coletores. A microbiota dos hadza lembra mais a microbiota dos ocidentais doentes do que dos ocidentais saudáveis.

Rodrigo Polesso: É, isso é de coçar a cabeça.

Dr. Souto: Então, quer dizer… Isso mostra que todo mundo esperava que a microbiota dos hadza fosse ser mais parecida com a microbiota dos ocidentais saudáveis. E aí vem aquela grande pergunta. É a microbiota que determina o sujeito ser saudável ou o sujeito sendo saudável, consumindo uma dieta saudável… Isso produz um determinado padrão de bactérias no seu intestino que reflete o que ele come, mas não são as bactérias que os tornam saudáveis, e sim o que ele come que o torna saudável. E elas são só um marcador – ou seja, que a gente esteja fazendo a famosa confusão de causa e efeito, que tanto acontece em outras áreas da nutrição. Sim, tem esses estudos que nem Guinée explica ali no qual foi feito o transplante de fezes nos camundongos… Só que os estudos parecem que não foram muito bem feitos… Aí é que tá. Tipo, um determinado estudo metodologicamente problemático criou uma grande fama que se espalhou… Isso viralizou e acabou infestando blogs leigos e lá pelas tantas o estudo não era assim tão bem feito, não conseguiu ser reproduzido. Então, assim, resumo, né, Rodrigo? Microbiota é interessante. Acho que é uma coisa que tem que continuar sendo estudada. Mas se alguém vender para você na internet um conjunto de 25 bactérias diferentes que quando misturadas vão garantir juventude eterna e magreza, eu desconfiaria.

Rodrigo Polesso: Eu acredito porque placebo funciona.

Dr. Souto: Funciona especialmente para quem vende.

Rodrigo Polesso: Pare quem vende funciona melhor ainda. Essa questão da microbiota tem muita, muita gente cética. Eu lembro quando eu estava ainda mais apaixonado por essa ideia, porque era uma área nova e tudo mais. Você acaba caindo na tentação de “Nossa, que legal que é.” Quando a gente foi… Até falei antes… Que a gente foi jantar depois de uma conferência. Eu estava na frente do Eric Westman. A gente falou sobre adoçantes. “Adoçantes… Será que é ruim? Será que é bom? Não tem ciência.” Daí eu comentei da microbiota. Será que não afeta a microbiota? Alguns estudos estão mostrando. Ele falou, “Pô, mas não de novo a microbiota. Não vamos falar de novo da microbiota.” Não tem como falar de uma coisa que não tenha estudo nenhum concreto para a gente poder discutir.

Dr. Souto: Aí que eu digo, por exemplo, na história dos adoçantes. Vou pegar de novo esse assunto porque isso volta e meia pinta em consultório. “Mas eu não posso usar o adoçante X porque teve o estudo Y que mostrou que a microbiota é modifica pelo adoçante.” A questão é a seguinte. Se eu tenho… E eu tenho, existem ensaios clínicos randomizados em pacientes diabéticos ou pacientes obesos nos quais uma dieta low carb produz os efeitos benéficos que a gente sabe que produz. E nesses estudos a dieta low carb empregou adoçantes. Ela permitiu que os pacientes bebessem, por exemplo, refrigerante dietéticos e mesmo assim eles emagreceram, e mesmo assim o diabetes melhorou. Bom, isso é o que se chama um desfecho concreto. Se o filo firmicutes mudou no intestino, é um desfecho secundário. Ele não é um desfecho concreto. Ele é um desfecho substituto. Então, acho que é isso que o Eric Westman estava querendo dizer. Ele atende gente… Trata gente muito doente com low carb. E ele libera o uso de adoçantes. E as pessoas melhoram. Bom, ele tem ensaios clínicos randomizados nos quais ele é o autor, mostrando que as pessoas melhoram. Então, adoçante é a coisa mais saudável do mundo? Provavelmente não. Mas não há nenhuma dúvida para mim que açúcar é pior. Então, não é porque a gente diz assim… Olha, o que é o ideal de você tomar? É água. Tudo bem. Concordo com essa afirmação. Agora, a pessoa diz assim… “Eu não vou beber água. Ou eu vou beber refrigerante com açúcar ou eu vou beber refrigerante sem açúcar.” E o sujeito é diabético. Então, a gente tem que ter bom senso de que nós não podemos dizer para ele, “Olha, não adianta… Você não vai tomar refrigerante nenhum. Vai tomar só água.” Aí em vez do cara fazer uma low carb e tomar uma Coca Zero e o diabetes melhorar, ele diz, “Essa dieta não serve para mim.” Ele não faz nada e continua tomando Coca com açúcar. Então, o mundo real, pessoal, é um pouco diferente dessa coisa idealizada. Eu, repito, sugiro para vocês que estão nos ouvindo… Beba uma água, uma aguinha com gás e tal. É bem melhor. Mas ficar dizendo que a pessoa não pode usar nenhum adoçante porque isso vai mexer no firmicutes do intestino, que é um filo específico de bactérias… Nós não temos ciência para amparar isso aí e daqui a pouco isso é a diferença entre a pessoa aderir ou não a um estilo de vida alimentar que pode salvar sua vida.

Rodrigo Polesso: É… Perfeitamente. E outra coisa. Tudo o que você medir, tudo o que você come vai impactar na microbiota intestinal. A gente vê que a microbiota intestinal varia de dia para dia dependendo do que você come. Então, tudo o que você for estudar… “Vamos começar a comer batata-doce.” “Olha, mudou a microbiota.” O problema é o seguinte. Existem muitos filos de bactérias e tudo o que a gente sabe é que alguns são associados com várias coisas. A gente não sabe se causa. Então, você pode sempre medir uma comida, ver as alterações, e depois investigar que tipo de associação aquela bactéria tem e criar suas próprias teorias. Então pode ser um jogo de criatividade – uma arte, na verdade, e não mais ciência. Então, acho que esse é o perigo. Sem contar na indústria, que explodiu, de probióticos e também fermentados – principalmente kombucha. Kombucha, se você entra num mercado fora do Brasil… Nos Estados Unidos, Canadá… Você acha um monte de kombucha. E o que tem em comum entre esses produtos todos? Todos eles são doces. Todos eles são doces. Então, tem uma galera tomando kombucha agora em vez de água, como a gente estava falando, acreditando nos benefícios desses probióticos – em excesso até, eu imagino – mas alimentando o corpo com esse açúcar o tempo inteiro.

Dr. Souto: Não precisa ir tão longe. O pessoal toma Yakult porque está escrito que tem lactobacilos vivos. Vivo é o pessoal que vende, porque o troço é puro açúcar.

Rodrigo Polesso: É puro açúcar. Exatamente. Então esse assunto na verdade é para colocar uma pulga atrás da orelha do pessoal aí. Eu sei que é um assunto fácil de se seduzir por ele. Mas não tem ciência comprovando causa e efeito ainda sobre isso. A gente acha que é importante ainda, como a gente falou. Mas talvez seja mais o resultado do seu estilo de vida e não a causa dos problemas. Mas ainda tem muito a ser descoberto sobre esse assunto. Então, é bom levar tudo com um grain of salt, como a gente fala – com um pouco de ceticismo inteligente sobre esse assunto. Bom, antes de pular para o segundo assunto, que vai ser queda de cabelo, só contar o caso de sucesso do dia. Vem do Cássio. O Cássio depois de um mês… Um mês só. Esse daí foi um caso daqueles que perderam bastante peso. Um mês dentro do programa Código Emagrecer de Vez. O primeiro mês é mais restrito. É mais o desafio 100%, o desafio dos 30 dias. Ele eliminou incríveis 13 quilos e 12 centímetros de barriga e outras medidas também. Ele falou que está muito feliz com os resultados até agora e vai começar a fase 2 em seguida. Então, muito bom. Parabéns aí ao Cássio. Uma perda enorme de peso aí em 30 dias somente. É importante notar que pessoas reagem de forma diferente. Muita gente reage e perde menos. Muitos perdem mais. Depende de quanto você tem para perder também, de como era sua alimentação antes, muitos fatores. O importante é que a gente começa a, de fato, reprogramar o seu metabolismo para ele conseguir acessar seus estoques de gordura e começar a eliminar esse peso… Esse peso que estava além do necessário para seu corpo. Parabéns ao Cássio. Se você tem interesse no Código Emagrecer de Vez, eu sempre digo. É só você entrar em CodigoEmagrecerDeVez.com.br e conhecer lá e fazer parte. Maravilha. Dr. Souto, olha só. Queda de cabelo. Você me disse também que é uma pergunta recorrente… Que o pessoal pergunta para você sobre queda de cabelo… Low carb… “Comecei cetogênica… Notei queda de cabelo no geral…” Acho que a gente já tocou nesse assunto antigamente, mas eu queria ouvir então o que você tem para ajudar essa galera aí a ficar mais tranquila e não perder os cabelos com esse assunto.

Dr. Souto: É uma pergunta muito recorrente. Eu acho que talvez merecesse uma postagem lá no meu blog, porque o pessoal pergunta muito, especialmente as mulheres. Esses dias uma amiga me perguntou de novo. Deve estar nos ouvindo. Então, vamos lá. A história é assim, pessoal. A gente pode perder cabelo por vários motivos. Nem todo tipo de perda de cabelo tem a ver com dieta. Os homens vão tendo perda de cabelo por causa da questão hidrogênica. Homens e mulheres podem ter perda de cabelo à medida que vão ficando mais velhos. As pessoas podem ter problemas dermatológicos específicos que estão causando queda de cabelo. Mas o que nós vamos falar aqui é o fenômeno da pessoa começar uma dieta mais restritiva e depois de um tempo começar a perder cabelo. Bom, como é que funciona o crescimento do cabelo? O crescimento do cabelo é assim. Os folículos capilares… Cada cabelo nasce em um folículo capilar. E eles não produzem cabelo de forma contínua. Existe um ciclo. Ele é um ciclo que tem uma fase de crescimento que pode durar de dois até três anos em que o fio vai crescendo. E, depois, esse folículo entra numa fase de repouso que dura até dois meses, até que comece a crescer uma nova fibra de cabelo. Então, assim… O cabelo vai crescendo, vai ficando longo, daqui a pouco o folículo entra numa fase de repouso e depois vem um cabelo novo que empurra o cabelo antigo. É normal que se perda aí… Em torno de… Se não me engano 100, 120 fios de cabelo todos os dias. Todo mundo perde.

Rodrigo Polesso: Normalmente, né?

Dr. Souto: Normalmente. Por quê? Porque a cada momento existe em torno de 10% a 20% dos folículos capilares que estão nessa fase de repouso. Aí quando eles começam a sair da fase de repouso o fio cai e nasce um fio novo. Isso é normal. Para quem imagina que não… Imagina que o normal é não cair quase cabelo nenhum é que a gente não conta. A gente está na rua, está trabalhando, está dormindo. E sempre está caindo um fiozinho. O que acontece é que não é sincronizado. Eles caem em horários diferentes e em dias diferentes. Bom, existe um fenômeno chamado eflúvio telógeno… Olha o nome.

Rodrigo Polesso: Que nome bonito, hein?

Dr. Souto: Eflúvio telógeno. Eu vou ler para vocês aqui da Sociedade Brasileira de Dermatologia… Da página deles, porque está bem explicadinho. Então, olha só. ” É uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo.” Eflúvio telógeno agudo… É o que se trata… Vocês vão quer que esta é a situação que ocorre não só com low carb, com qualquer situação que estresse o organismo um pouco mais. “Sua causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda.” Por que três meses?” Porque é o período do repouso do cabelo, lembra? Ele cresce por dois, três anos e entra em repouso por dois a três meses. “Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-300 fios caindo, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. Os eventos mais associados à queda são: pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de sangue e do estresse metabólico, além de simplesmente estresse. Algumas medicações também podem desencadear…”            Bom, então, olha só. “O eflúvio é autolimitado.” Então, eu vou repetir isso: “O eflúvio é autolimitado.” Significa que ninguém vai ficar careca por causa disso. Se a pessoa está tendo uma queda de cabelo, está ficando careca, ela tem que procurar um dermatologista. Isso não é low carb, isso não é dieta. Bom… Ou seja, tem uma duração pré-determinada. De quanto tempo? De dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada. E de um dia para o outro há uma aparente melhora. Na teoria, não seria preciso tratamento, porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (que ocorre depois dos 60 em geral), aí tem que ir ao dermatologista para ver o que pode ser feito. É importante lembrar que não há um tratamento específico. Não adianta ficar comprando cremes, tomando vitaminas e tal. A situação é a seguinte. O que que tem de comum entre as coisas todas que eu falei? Pneumonia, pós-parto, estresse, cirurgia ou uma dieta? É uma situação de estresse. E estresse aqui não significa apenas estresse psicológico, embora o psicológico também possa determinar isso. Pode ser um estresse físico, como por exemplo a pessoa subitamente mudar seu estilo de vida, passar a consumir menos calorias, porque está tendo uma dieta que lhe dá menos fome. É uma grande mudança sair da dieta ocidental padrão e entrar numa dieta seja ela low carb, seja ela low fat, seja ela de baixa caloria, seja ela vegana ou vegetariana.

Rodrigo Polesso: No senso comum a gente fala do estresse sempre. “Estou tão estressado que vou começar a perder cabelo.” Todo mundo já fala isso.

Dr. Souto: Quer dizer… A coisa tem um nome. Chama-se eflúvio telógeno.

Rodrigo Polesso: Vou cobrar no teste depois.

Dr. Souto: Vai cair no teste, pessoal. Vou cobrar na prova. Eflúvio telógeno. Não é uma coisa específica de low carb. Não é por causa da insulina baixa. Não é porque você não está comendo carboidrato. É qualquer situação de dieta restritiva de qualquer tipo. Restritiva que significa o seguinte. Ela não é aquela dieta onde eu vou lhe dizer assim… Pode comer de tudo, de tudo um pouco moderadamente… A pessoa vai continuar comendo doce, vai continuar comendo pão… A não ser que vai trocar o pão pelo pão integral… Bom, essa não costuma perder cabelo e não costuma perder gordura também. Vocês me entenderam? Uma intervenção que seja suficientemente intensa para produzir o que o Rodrigo acabou de ler para nós… O sujeito perdeu quantos quilos?

Rodrigo Polesso: Treze.

Dr. Souto: Obviamente é uma situação mais intensa do ponto de vista de mudança orgânica do que uma sinusite. E se sinusite pode provocar eflúvio telógeno… Quer dizer, a pessoa pode dois, três meses depois ter uma queda de cabelo que vai durar alguns meses… Até que aqueles cabelos que entraram nessa fase caiam e que os fios novos brotem… Bom, aí os fios novos vão crescendo e eles levam dois três anos crescendo. Depois não vai a pessoa continuar perdendo cabelo e ficando careca, vocês entendem? Peguem todo o pessoal que vocês estão vendo no palco da Tribo Forte… Olha a Paty Ayres… Olha a quantidade de cabelo que ela tem.

Rodrigo Polesso: Deixa eu perguntar, Dr. Souto… Exatamente sobre isso. A gente vê que não é um fenômeno – digamos – biológico que acontece com todo mundo, porque não acontece com todo mundo. Então, minha pergunta, já que a gente está falando em estresse… Será que essa queda de cabelo que acontece em algumas pessoas… Em várias situações… E a única coisa em comum que a gente tem é o estresse… Seria será por que essa pessoa resolveu fazer low carb, cetogênica, que seja… E essa mudança acabou estressando ela psicologicamente, talvez durante o processo? Então não foi nem o fato da mudança alimentar, foi mais o estresse que ela teve… Insegurança, talvez, de mudar os hábitos.

Dr. Souto: É uma hipótese válida. Outra hipótese, eu acho, é simplesmente a restrição calórica muito severa. Pega, por exemplo, as pessoas que tiram gordura… Tiram carboidrato e tiram gordura também e fazem uma dieta de fome. Vai ser a low carb com um peito de frango seco e alface. Então, realmente a pessoa vai estar comendo 800 calorias por dia e isso é uma mudança estressante para o organismo. Mas não é exatamente aquilo que a gente recomenda. Então, uma situação que pode ocorrer também, são nas pessoas que têm distúrbios de tireoide haver queda de cabelo associada ao hipotireoidismo. Mas aí é uma dessas situações que o texto aqui da Sociedade Brasileira de Dermatologia explica que são doenças associadas, é uma outra situação. Então se a pessoa tem hipotireoidismo, ela deverá repor o hormônio, mas aí chega naquela situação que é recorrente (a gente sempre responde aqui). A pessoa tem hipotireoidismo previamente, doença de Hashimoto, ela já faz reposição hormonal, ela está bem, aí ela começa a fazer low carb, começa a perder peso e 2 a 3 meses depois ela começa a ver que no banho, quando ela passa a mão, está perdendo um pouco mais de cabelo. Isso não é por causa do hipotireoidismo dela, que está corrigido e tratado. Isso é o eflúvio telógeno. Quero ver todo mundo falando em coro no Brasil: eflúvio telógeno. Coloquem no Google depois. Não é uma coisa desconhecida da dermatologia. E às vezes o pessoal acha que é por alguma deficiência nutricional. Veja bem, é muito raro haver deficiência nutricional em quem consome uma dieta… uma alimentação forte ou uma low carb bem formulada, ou seja, com plantas e bichos. É muito, mas muito mais provável ter uma deficiência nutricional se a pessoa consome uma dieta ocidental padrão. Se a pessoa vive a base de pão, macarrão e miojo, e etc., a chance de ter uma deficiência nutricional é maior. Anemia, por exemplo, é uma causa de queda de cabelo que não é só o eflúvio telógeno. E a anemia é uma coisa que definitivamente do ponto de vista nutricional não irá acontecer em uma dieta low carb, obviamente. Então, digamos assim, é pouco provável que uma pessoa que tem uma alimentação variada, com plantas e bichos, vá ter uma deficiência nutricional específica de B12, zinco ou ferro, associada a isso aí. De qualquer forma, lembre-se, o dermatologista existe e pode ajudá-lo a identificar se existe alguma outra causa. Caso contrário, se o dermatologista identificar que aqueles cabelos que estão saindo, tem aquele pequeno bulbo de queratina na ponta (característica do eflúvio telógeno), ele vai dizer: olha, isso é um eflúvio telógeno, não se preocupe, vai durar 2 a 3 meses, depois normaliza e um novo ciclo de crescimento capilar deverá ocorrer que que vai deixar os cabelos bonitos, novos, compridos por 2 a 3 anos.

Rodrigo Polesso: Perfeito! Fica a recomendação então do stress novamente, pessoal. Uma coisa que pode beneficiar você em vários aspectos… o stress… Vamos falar aqui sobre o que você degustou na última refeição, para a gente começar a fechar esse podcast.

Dr. Souto: Na última refeição… A última refeição foi aquela básica, Rodrigo. Sabe qual é a refeição básica minha?

Rodrigo Polesso: Básica! Manda!

Dr. Souto: Três bifes de carne, dessa vez, mais dois ovos fritos, mais uma couvezinha refogada, seguida de um bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Eu furei a minha dieta? Não, eu não furei a minha dieta. É um bolo de cenoura com cobertura tudo low carb, está lá na Tribo Forte, quem quiser ver a receita.

Rodrigo Polesso: Olha só! Ainda se fosse um bolo de cenoura daquele ruim mesmo, se fosse o único bolo de cenoura que ele comeu em 6 meses, ele não vai perder a licença de médico… ele não vai perder a reputação por ter feito isso. E muita gente acaba achando que é o fim do planeta, que é o fim do mundo você pisar na bola de vez em quando, quando você não tem uma alternativa.

Dr. Souto: A questão toda é a seguinte: a Poliana, nutricionista, que vocês já conhecem a essa altura, já participou aqui conosco na Tribo Forte. Ela me convenceu de uma coisa… realmente no fundo, no fundo, não tem porque furar com esse tipo de coisa. Se dá para fazer ele perfeito, mas perfeito, sem ser um negócio cheio de açúcar e cheio de farinha.

Rodrigo Polesso: Por que fazer alternativa se o gosto é o mesmo?

Dr. Souto: Quem quiser dá uma olhada lá no @jcsouto no Instagram e vocês vão ver uma foto de bolo de cenoura e tem a receita.

Rodrigo Polesso: Olha que maravilha! Realmente, com todas as alternativas é difícil pensar na comida do mal. A Poliana, nutricionista das panelas, vai estar no Tribo Forte ao vivo 2018. Ela é excelente na cozinha, já pude provar o que ela faz. É espetacular! Então, realmente não tem porquê querer a outra coisa, não. Não tem porquê, com esse tipo de alternativa. Bom, eu fiz uma refeição bastante minimalista: carne moída (que muita gente fala que é caro)… bom, carne moída, eu achei carne moída grass fed, que é alimentada a pasto aqui. Só que aqui é minoria. No Brasil você encontra mais gado alimentado a pasto. Mas é carne moída com cebola e um abacate do lado. Pronto, acabou! Essa foi a refeição, simples, preguiçosa, minimalista, extremamente nutritiva. Maravilha! Beleza pura! Com isso a gente fecha esse podcast. Lembre-se: você pode escutar a Tribo Forte tanto no Spotify, quanto no ITunes, e também você pode procurar a transcrição no EmagrecerDeVez.com, no TriboForte.com.br. Não te desculpa! Está em todo lugar. Se você tropeçar em um arbusto na rua, provavelmente você vai encontrar um podcast Tribo Forte lá também.

Dr. Souto: E se você está com dificuldade de escolher um nome para o seu filho, lembre-se: eflúvio telógeno.

Rodrigo Polesso: Olha só que nome bonito, não é? Se brincar já tem gente chamada ou Telógeno (com certeza, que parece nome, não é?). Eflúvio também…

Dr. Souto: Eflúvio também parece, não é?

Rodrigo Polesso: Verdade! Pessoal, obrigado, então. Obrigado, dr. Souto. A gente se fala no próximo episódio na semana que vem. Até mais!

Dr. Souto: Obrigado! Até a próxima!

Fonte: https://emagrecerdevez.com
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