Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste podcast:
- Episódio especial de respostas para perguntas da comunidade.
Escute e passe adiante!!🙂
Saúde é importante!
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🙂
Ouça o Episódio De Hoje:
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Caso de Sucesso do Dia
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá, bom dia para você! Bem-vindo ao episódio da Tribo Forte número 148. Eu sou o Rodrigo Polesso e essa é a sua dose semanal de saúde, estilo de vida e inspiração para você… Enfim… Ter a melhor saúde, construir a melhor boa forma da sua vida, sempre amparado pela melhor ciência que a gente tem disponível aí. Esse vai ser um episódio especial de perguntas e respostas. De vez em quando a gente faz e o pessoal gosta bastante. Então, é um show de variedades. A gente nunca sabe quais perguntas vão vir da comunidade. Então, a gente tenta sempre escolher algumas variadas para dar uma… Enfim, conseguir tocar em vários assuntos… Não necessariamente relacionados só à alimentação, só exercícios, mas coisas que as pessoas têm dúvidas. Então, a gente vai começar esse bate-papo aí. Mas antes deixa eu dar as boas vindas ao Dr. Souto. Dr. Souto, bem-vindo a mais um episódio.
Dr. Souto: Obrigado. Bom dia. Bom dia aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: Maravilha. Vamos começar direto, então, sem mais delongas. A primeira pergunta vem do Fernando Guimarães. Ele pergunta… Qual é… Falando em óleos e gorduras… Qual é o mais recomendado para fritar em imersão? Ele pergunta. Bom, tenho algumas opiniões sobre isso, mas quero passar para você a pergunta, ver o que você quer dizer sobre isso.
Dr. Souto: Bom, vamos tentar responder ao contrário. Quais são os óleos piores para fritar em imersão?
Rodrigo Polesso: Os mais usados, né?
Dr. Souto: São os que são mais usados. O que que define isso, se um óleo é bom ou ruim para esta função específica? É o quão quimicamente instável ele é. Porque o ideal é que o óleo, a gordura que vai ser utilizada na alta temperatura seja estável, ou seja, tenha pouca tendência de se combinar com outras substâncias, especialmente com o oxigênio, que tenha pouca tendência de oxidar. Então, quem lembra alguma coisa da química orgânica, vai lembrar o seguinte. Toda ligadura dupla na qual… Ou, pior ainda, a tripla… Na qual um átomo compartilha mais de um elétron com outro… Aquele elétron compartilhado ali está afim de se ligar com outra coisa. Então, se eu tenho gorduras insaturadas, gorduras poliinsaturadas, onde eu tenho várias ligaduras duplas, eu estou pedindo que aquilo ali se combine com outras coisas, com outros átomos eletronegativos como o oxigênio. Falando numa linguagem bem simples, gordura poliinsaturada, ou seja, os óleos vegetais refinados… Milho, soja, girassol, canola. Esses óleos oxidam, ficam rançosos com facilidade e isso gera compostos tóxicos. Então, eu sei que você que está nos ouvindo, assim como eu, cresceu nas últimas décadas ouvindo falar que saturado… Gordura saturada é sinônimo de gordura ruim, mas na realidade não é bem assim, porque a gordura saturada é aquela na qual a gordura está saturada com hidrogênio. Então, são as gorduras em que as ligaduras são simples. Então, se eu pegar um óleo de coco, por exemplo, cuja a maior quantidade das gorduras são saturadas, significa que é estável. Até o Polesso falou aqui e eu concordo… A gente devia trocar a nomenclatura e começar a chamar os óleos saturados, as gorduras saturadas de gorduras estáveis para tirar esse nome que tem, esse ranço, de saturado como se fosse ruim. De modo que, se eu fosse fritar por imersão, eu acho que o óleo de coco é uma boa, eu acho banha é uma boa, eu acho manteiga seria uma coisa cara, mas uma manteiga ghee seria uma alternativa interessante. Um detalhe histórico curioso é que até — se não me engano — os anos 80, as batatas fritas do McDonald’s eram fritas em sebo, gordura de boi. E isso trocou por quê? Porque houve…
Rodrigo Polesso: Pressão.
Dr. Souto: Uma pressão muito grande no sentido de que isso seria terrível para gordura das pessoas… Fritar naquela gordura saturada… E aí eles trocaram por gordura vegetal hidrogenada, que é um troço que é um desastre. É gordura trans.
Rodrigo Polesso: Exatamente.
Dr. Souto: E hoje em dia são fritas aí em óleos vegetais poliinsaturados. Dito isso, dito isso… Quando eu disse que ia responder ao contrário… Então, bom, já falei das gorduras que eu acho que são as piores para fritar por imersão, que são as gorduras poliinsaturadas. Então, óleos vegetais refinados, margarina, esse tipo de coisa. Mas também eu não acho que fritar por imersão seja a melhor forma de preparar os alimentos.
Rodrigo Polesso: Exato.
Dr. Souto: Por quê? Por dois motivos. Primeiro porque, sim, eu posso ter gorduras que têm uma tendência menor à oxidação e tal, mas a verdade é que na natureza não existe nenhuma gordura que seja pura de um tipo. Ou seja, não tem… Um abacate tem gordura saturada. Um bacon tem gordura insaturada. Então, altas temperaturas por longo tempo vão gerar sempre algum composto que não é muito bom para a saúde. E a gente acaba agregando ao alimento uma quantidade de gordura muito, mas muito além da gordura natural dos alimentos. A gente sempre usa essa expressão. Não precisa fugir da gordura natural dos alimentos, mas quando a gente frita por imersão, a quantidade de gordura adicional que é absorvida… Porque aí o alimento puxa aquilo como uma esponja. Então, eu não estou dizendo para nunca fritar nada. Eu entendo. Daqui a pouco a pessoa quer fritar uma asinha de frango, uma delícia… Mas isso não é uma comida do dia a dia. A gente pode assar a asinha de frango e provavelmente vai ficar o quê… Mais saudável e igualmente gostoso. Não vai usar uma quantidade tão grande de gordura adicional. Não sei o que você pensa, Rodrigo.
Rodrigo Polesso: Eu acho que você respondeu exatamente o que eu ia dizer. Eu ia começar falando justamente sobre isso. O próprio ato de fritar em imersão não é a melhor opção porque realmente absorve muita energia pouco nutritiva no seu alimento, não importa que gordura é. Você vai triplicar o valor energético daquele alimento, sem agregar ao valor nutritivo dele. Então, é uma ótima forma de você, digamos, engordar. Eu acho que você falou muito bem, a explicação foi muito boa da questão da oxidação das gorduras. Não importa qual gordura, sempre vai ter um pouquinho oxidado quando a temperatura é alta e quando você frita por imersão ela vai ser alta. E eu também concordo plenamente com as opções que você listou. Eu acho que a banha de porco seria a minha favorita. Bom, óleo de coco em imersão é caro. O pessoal provavelmente sabe… E beef tallow que é o sebo… Eu não sei… Nunca vi para vender. Acho que é um pouco mais difícil de acessar. Mas, enfim, banha de porco seria minha opção favorita se eu quisesse mesmo fritar alguma coisa em imersão, que eu particularmente nunca fiz.
Dr. Souto: Fora a sujeira.
Rodrigo Polesso: Fora a sujeira. Você falou do McDonald’s… Eu estava no shopping e vi que tinha um lugar que era de batatinha frita e estava bem grande assim. Eles estavam featuring… Estava em destaque no lugar… Que as batatinhas fritas eram fritas no óleo de semente de girassol. Estava bem grande assim, olha só… Sem gordura trans. Frita no óleo de semente de girassol. Para começar, é uma mentira. Tem gordura trans sim.
Dr. Souto: E se não tinha, depois da fritura passou a ter.
Rodrigo Polesso: Passou a ter. Então, pessoal, alerta. Ficou aí a resposta. A próxima pergunta vem da Gianela Kobo. Ela pergunta. Posso fazer jejum intermitente com dieta cetogênica? Bom, vou dar minha opinião. Eu acho que o principal no jejum intermitente é que você não sofra. Acredite se puder, você não precisa se martirizar para obter resultados positivos na vida. Essa é uma opinião que eu tenho, seja em qualquer área. O que acontece no jejum intermitente. Seu corpo está se alimentando de alguma forma. Se você não está comendo, seu corpo está se alimentando de alguma forma e, preferencialmente, você quer que ele se alimente de gordura que você tem estocada em excesso. Todo mundo tem gordura em excesso, quase todo mundo… No corpo. Então, você quer um livre acesso a essa gordura estocada porque é assim que o corpo foi feito para funcionar. Então, se você tem uma dieta cetogênica e está adaptado a ela, significa que você tem uma dieta onde você consome a maior parte das suas calorias vindas de gorduras e baixa em carboidratos. Então você provavelmente tem seu metabolismo ajustado para um fácil acesso a essa gordura estocada no corpo. Então, fazer um jejum intermitente com uma dieta cetogênica adaptada vai deixar sua vida tipicamente mais fácil. Então, eu não vejo problema nenhum. Eu só vejo vantagem nessa questão. Agora, não quer dizer que você precise fazer dieta cetogênica para fazer jejum intermitente, de forma alguma. Mas eu não entendo porque ela tem esse medo com a dieta cetogênica em si. É sempre lembrar que para você que tem um jejum intermitente de sucesso o seu corpo precisa conseguir acessar o estoque de gordura sem tantos problemas. Essa é a chave. É por isso que tanta gente tem problema com jejum, porque eles estão comendo 6 refeições por dia, comendo a pirâmide alimentar… E vê na internet “dieta de jejum intermitente”, começa a parar de comer e depois se sente mal, tontura, desmaia, esse tipo de coisa. É óbvio, a primeira alteração que você tem que fazer não é parar de comer, mas sim ajustar o que você está comendo. Seu corpo não está saudável ainda para encarar períodos mais longos sem se alimentar, que é uma coisa natural, por sinal, que a gente sempre soube saber na face da Terra… Enquanto a gente vinha evoluindo. Mas um corpo doente não consegue fazer isso de forma otimizada como um corpo saudável, adaptado a uma alimentação forte, uma alimentação correta. Então, a minha resposta é sim, é possível de fazer. E pode ser ainda mais benéfico do que outros estilos alimentares nesse quesito. Não sei o que você tem de input nessa questão, Dr. Souto.
Dr. Souto: Eu acho a mesma coisa. Nem tenho o que acrescentar. Eu acho que, na realidade, a cetogênica torna mais fácil fazer o jejum intermitente porque reduz a fome. É uma das características da dieta cetogênica, como você bem colocou. Troca o combustível, o corpo passa a usar a gordura principalmente como fonte de combustível. E, bem, gordura é a forma como nós armazenamos energia no nosso corpo. Então, se a pessoa está fazendo cetogênica, fazer jejum é quase que uma decorrência natural. Se a pessoa não se forçar a comer, daqui a pouco ela está aí, pulando uma refeição. Então, não apenas pode, como, enfim, facilita.
Rodrigo Polesso: Facilita. Olha só, a próxima pergunta é sobre um assunto que a gente nunca tratou. Eu não sei qual é a sua experiência clínica sobre isso. Mas a gente pode tentar ajudar um pouquinho. Tem tudo a ver com hormônios. A gente sabe que o ganho de peso, a perda de peso tem muito mais a ver com hormônios, com o que você come, com seu metabolismo, que é a quantidade calórica da sua dieta. E nesse caso é o seguinte. A pergunta vem de… Alguém escreveu… É um nickname, não é o nome verdadeiro da pessoa. Ela postou no meu YouTube lá. A pergunta é: É verdade que você engorda ao tomar anticoncepcional? Então, vamos lá. Anticoncepcional é uma bomba hormonal que você ingere diariamente, então, dá para se imaginar que algum impacto deve ter. E eu já escutei falar bastante sobre isso também, que algumas mulheres tendem a ganhar mais peso com isso. Então, Dr. Souto, não sei qual experiência clínica você tem sobre esse assunto, mas é um assunto que a gente nunca falou aqui e acho que pode ser útil para a galera tirar a dúvida aí.
Dr. Souto: Sabe, Rodrigo, que a questão dos efeitos do anticoncepcional hormonal no corpo da mulher é um negócio meio tabu na medicina. O motivo sendo o seguinte. Em determinado momento, para que o anticoncepcional fosse largamente adotado… Estamos falando do anos 60, 70… Se minorou qualquer possibilidade de que ele pudesse estar associado com efeitos colaterais porque isso afetaria a adoção em larga escala do método. Uma outra coisa que eu acho que deve ser considerada… Isso não é nenhuma postura feminista, nem nada assim. Eu acho que é uma realidade… De que… Provavelmente, se o anticoncepcional hormonal masculino tivesse sido inventado primeiro… Talvez as coisas tivessem sido diferentes, porque se teria uma série de cuidados. A maioria dos homens talvez se recusasse a usar e estariam preocupados com qual será… As consequências e o risco para a próstata… E o risco para sua saúde hormonal no futuro e esse tipo de coisa. Então, eu acho que numa época… Mais uma vez, estamos falando dos anos 60… Onde a mulher era vista como tendo um papel passivo na sociedade. Basicamente, um grande grupo de homens fez os estudos e chegou à conclusão de que estava bem, podia usar e estava assim. Então, nós estamos numa época que essas coisas estão mudando. Hoje em dia tem vários efeitos colaterais que já estão em bula. Por exemplo, vamos pegar um bem conhecido, risco aumento de fenômenos tromboembólicos, de trombose venosa profunda, embolia pulmonar e tal. Essa questão da relação com o peso… Essas perguntas e respostas para quem está nos ouvindo aí… A gente não estuda elas antes. O Polesso larga em cima da mesa. Eu não sei até que ponto tem estudos muito definitivos sobre isso, então eu vou responder da forma como você disse, baseado em experiência clínica. Eu já vi alguns casos onde não me parece haver dúvida… Que naquele caso específico tinha relação com o ganho de peso. E quando a mulher optou por outro método anticoncepcional, tipo DIU de cobre ou alguma coisa assim… Vamos sempre lembrar, pessoal… Mulheres que já tiveram filhos… Casal que não pretende mais ter filhos… Poxa vida, vasectomia, né? Um troço simples, extremamente simples. Os planos de saúde cobram… Desculpa, cobrem. Está coberto pelo plano de saúde. É uma coisa basicamente sem riscos para o homem. Fácil. Eu acho que para a saúde da mulher de uma forma geral, se for possível… Evitar a anticoncepção hormonal, favorecendo outros métodos pode ser interessante. Então, se tem relação com ganho de peso. Eu estou dando uma resposta bem genérica. Eu não sou ginecologista. Eu não revisei essa literatura para dar uma resposta baseada em evidência. Mas eu acho que deve variar de uma mulher para outra e acho que para algumas tem sim. Por experiência de consultório, da pessoa não fazer grandes mudanças, mas mudar só isso e daqui a pouco vem um efeito. A gente sabe, por exemplo, que as mudanças hormonais associadas com a menopausa estão associadas com ganho de peso. Isso não é mistério. A mulher entra na menopausa e tem uma tendência a ganhar peso. Então, quer dizer… A gente produzir a cessação da produção ovariana de forma farmacológica obviamente tem potencial para afetar isso também.
Rodrigo Polesso: Tem, tem. Com certeza. Um dos grandes problemas também… Na questão do anticoncepcional é a praticidade. É muito prático. As pessoas… Se não for tomar anticoncepcional hormonal, vai fazer o quê, né? Não é tão prático a alternativa. A gente aqui decidiu há muito tempo parar de tomar isso aí porque é aquela questão… Coisa boa provavelmente não vai gerar. Além de não ser um negócio que te garante 100% que você não vai ter um filho, tem toda essa carga hormonal que você ingere diariamente. Então, acho que toda mulher tem que fazer realmente uma pesquisa, avaliar a sua situação e conversar com um profissional de confiança para saber qual impacto e qual alternativa que você pode ter. E conversar entre o casal para se entender. Porque uma coisa natural não é. Isso a gente sabe. Não é uma coisa natural. É uma coisa artificial que você faz todo santo dia. Então, é de se pensar.
Dr. Souto: É, eu até entendo que pela praticidade, pelo baixo custo seja adotado como uma medida de saúde pública. E, realmente, se a gente for ver, pega aí os dados do IBGE… Como mudou a fecundidade. O Brasil teve uma época que o número de filhos por mulher era muito mais elevado do que é hoje. E, obviamente, a anticoncepção gratuita oral teve a ver com essa mudança. Mas é necessário fazer a diferença entre saúde pública e saúde do indivíduo. O tipo de pessoa… Você que está aqui nos ouvindo… No seu podcast dentro do seu carro ou aí no seu celular com seus fones de ouvido, você está interessado na sua saúde, não na saúde pública. E para a sua saúde pode ser que haja opções melhores. Então, como disse o Rodrigo e eu ecoo e concordo. Converse com seu ginecologista e diga assim, olha… Quais são os problemas associados com o uso prolongado por muitos anos contínuos de anticoncepção hormonal oral? E quais são as opções que a gente tem que possam ser seguras, tão ou mais eficazes? O grande problema do anticoncepcional oral é o que, em termos de eficácia? Esquecer. Então, tem aí outros métodos nos quais não há esse problema de esquecer. Então, eu acho que é um assunto bem interessante, um assunto bem sério. E sem ter revisado a literatura eu estou convencido que pelo menos para algumas mulheres tem sim a ver com a questão do ganho de peso.
Rodrigo Polesso: Faz sentido ter sim. Bom, antes da próxima pergunta, vamos só compartilhar o caso de sucesso da Vanessa. A Vanessa perdeu 11,6 quilos em 2 meses. Ela tinha estipulado uma meta de perder 10 quilos até o dia da formatura. O que aconteceu é que ela perdeu mais do que ela tinha como meta e ainda 15 dias antes da formatura… Da festa de formatura. Então, parabéns para a Vanessa. Menos 11,6. Aí ela falou que “essa última semana não usei meu 90 10 e estou mais focada que nunca.” O 90 10 é um esquema de flexibilidade do programa que você pode escolher ter ou não. Você sai da linha 10% do tempo enquanto você fica na linha 90% do tempo. Ela estava comprometida por causa da festa de formatura, então, ela nem se aproveitou dessa flexibilidade aí. Ela seguiu o programa Código Emagrecer de Vez. Para você saber mais, entre em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Parabéns para a Vanessa. Eu mandou a foto antes e depois dela aqui. Muito boa a diferença. Obrigado por compartilhar com a gente.
Dr. Souto: E um detalhe importante é que a Vanessa não passou fome. A Vanessa não sofreu. Então, a Vanessa não precisa engordar os 11 quilos depois da formatura.
Rodrigo Polesso: Exatamente.
Dr. Souto: Esse é o grande diferencial, pessoal. Porque sim, é possível perder esses 10 quilos antes da formatura fazendo a dieta da sopa, a dieta da lua? É possível. Aí a pessoa chega na formatura desesperada, dando graças à Deus não porque está se formando, mas porque o raio da dieta está terminando! E depois, 20 dias depois a pessoa engorda tudo de novo, porque ela não aguentava mais passar fome e sofrer. Aqui não! ela não passou fome. Isso pode ser um estilo de vida, ela pode manter esse sucesso dela para sempre. Ela pode até melhorar mais, se ela quiser.
Rodrigo Polesso: Esse é o maior benefício, na verdade. Porque o efeito rebote, o efeito sanfona, segundo uma pesquisa que eu fiz, é o que as pessoas que estão querendo emagrecer mais temem. E é um medo que não precisa existir se você faz as coisas de forma correta. A outra pergunta que eu tenho aqui é da Fátima Duarte. Ela fala: “Gostaria de saber se a fécula de batata crua pode-se ingerir.” Eu falei: “Bom, se você gosta de gases é um ótimo ingrediente, na minha opinião.” E outra, eu nunca vi ninguém andar por aí e falar: “Cara, sabe o que eu estou com vontade de comer? Uma fécula de batata crua!” Para o pessoal que nunca ouviu falar nisso aí, isso surgiu há não tanto tempo atrás, a fécula de batata crua ou a banana verde, biomassa de banana verde, por causa dessa história do microbioma, da microbiota intestinal. Que é uma forma de você alimentar com amido resistente a microbiota intestinal, você alimentar as boas bactérias lá dentro. O problema é que a ciência é muito nova a respeito disso e se tornou uma grande onda, uma grande hype. E todo mundo começou a sugerir todo o tipo de coisa para alimentar a microbiota intestinal. O problema particularmente sobre a fécula de batata que eu vi nas evidências, é que ela alimenta sim a microbiota intestinal, mas alimenta tanto as bactérias boas, quanto as bactérias ruins. Então, muita gente tem efeitos que você não gostaria de ter com a ingesta desse tipo que coisa. Que não é uma coisa natural, cá entre nós, de se consumir, fécula de batata crua ou biomassa de banana, não é uma coisa natural. Isso sem entrar em todo o mérito da própria fertilização, da própria alimentação da microbiota intestinal dessa forma, com esses suplementos, digamos assim. Que é uma coisa que a gente pode contestar bastante, baseado em evidências. Mas não sei, dr. Souto, se você recebe pessoas que vêm no teu consultório perguntando esse tipo de coisa, probióticos, que está cheio de gente por aí receitando esse tipo de coisa. Eu ainda vejo bastante isso e as pessoas caem nisso. Uma coisa é certeza: você vai ter gases. Isso é certeza. Se isso vai te dar benefícios ou não, aí é outro assunto. O que você costuma dizer sobre isso?
Dr. Souto: Pois é, como você bem disse houve uma onda, uma hype sobre isso aí e isso se espalhou nas redes sociais, na blogosfera low carb, paleo do mundo há uns 2 anos atrás. E a coisa meio que foi morrendo, acredito eu justamente porque começou a ficar evidente que os efeitos colaterais eram piores. No entanto, tem pessoas que desde essa época suplementam e suplementam com quantidades menores, porque se sentem melhores, porque o intestino funciona com maior regularidade. Isso é muito difícil de prever. Tem pessoas que mudam a alimentação e o intestino fica muito bem, tem outras que desenvolvem um pouco de constipação. E aí, a ideia seria: se eu aumentar a quantidade de carboidratos na minha dieta, eu vou alimentar mais as bactérias do meu intestino, no entanto eu não quero aumentar os carboidratos porque com a retirada dos carboidratos eu perdi peso e meus exames melhoraram. E aí a pessoa bota o que? Um carboidrato que o corpo humano não absorve e que só o bioma intestinal, a flora intestinal utiliza. E o amido resistente é um desses exemplos. Para quem nunca ouviu falar nisso, fécula de batata, se eu esquentar, se eu fizer uma receita, se eu fizer um bolo com isso, isso e farinha é a mesma coisa. É amido puro e vai elevar loucamente a minha glicose. A ideia é: se eu consumir isso cru, sem aquecer, o corpo não consegue digerir esse amido e ele vai para a flora. Por isso que dá gases loucamente. Eu hoje sou um pouco agnóstico com relação a isso aí. Eu acho que se você quiser usar um pouquinho e se sentir melhor, por que não? Se está dando certo, está dando certo. Eu acho que não deixa de ser uma suplementação, mas é uma suplementação que é feita a partir de comida. Não é um negócio artificial de uma fábrica. É basicamente o amido seco extraído da batata. Mas faz bastante tempo que não falo disso para ninguém. Acho que a onda passou. Você tem razão, foi uma grande onda. Mas se a pessoa usar, quantidades pequenas, não lhe der muitos gases e achar que se sente melhor e que o seu intestino está mais regular… Só lembrando: não pode aquecer em hipótese nenhuma. Tem que ser misturado cru, por exemplo, na água ou no iogurte. O gosto é meia boca, mei ruim.
Rodrigo Polesso: E o mesmo se estende para a biomassa, que é outra coisa que o pessoal pergunta, sobre a banana verde.
Dr. Souto: E a biomassa tem uma certa quantidade de carboidratos, porque ela foi aquecida. Sobre a biomassa é importante saber em que situação a pessoa está. Ela é diabética que tem uma dificuldade maior no controle glicêmico? Eu experimentaria com um glucosímetro ou um monitor contínuo de glicose para ver qual o efeito que a tal da biomassa tem na glicose desse indivíduo. Então depende da questão da flexibilidade metabólica. Para aqueles que já tem uma dificuldade maior de controlar a glicose no sangue, muitas vezes receitas que levam biomassa de banana verde elevam a glicose mais do que a gente gostaria. Tem que testar caso a caso.
Rodrigo Polesso: É isso aí! Falando em comida, por que a gente não compartilha o que foi degustado na última refeição? A tua, no caso, deve ter sido ontem na janta. Não sei se você tomou café, mas compartilha aí com o pessoal!
Dr. Souto: Não tomei café ainda, nós estamos gravando cedo aqui.
Rodrigo Polesso: Ou tomou café literalmente, não é?
Dr. Souto: É, café preto eu tomei. Ontem de noite, deixa eu pensar… Porque na realidade eu acho que eu belisquei alguma coisa. Eu tinha umas castanhas que eu ganhei de presente. Eu comi umas castanhas e só. Porque na realidade ontem ao meio dia eu comi churrasco. E esse churrasco foi poderoso, eu comi uma quantidade de churrasco que não me deixou fome para a janta. Então eu tive realmente que pensar e agora me lembrei: eu comi um punhado grande de castanhas ontem a noite e foi só.
Rodrigo Polesso: Eu achei no mercado ontem um queijo brie feito com leite cru de vaca, que é muito difícil de achar o leite integral cru, que não foi pasteurizado. E eu achei dois. Um tipo camembert e o outro que era um queijo mais duro. Ele tem um sabor diferente, pessoal. Se você nunca experimentou queijo cru, ele tem um sabor mais proeminente, você nota um sabor mais forte e é muito, muito interessante. Eu sou totalmente contra essa questão de pasteurização de leite. Mas existe… Eu entendo que por questões sanitárias, existem leis a respeito disso também. Mas na fazenda se você puder consumir o que não é pasteurizado, é muito gostoso. E outra também é queijo de leite de ovelha ou de cabra. Que é muito gostoso também. Então ontem à noite a gente comeu esses queijos com um salame e também um presunto que a gente encontrou aqui, banhado a um vinho branco. Foi muito gostoso e foi basicamente essa a janta. Siga a gente no Instagram, se rodeie de coisas que podem ajudar você a seguir em frente com seu estilo de vida. Siga lá @jcsouto e @rodrigopolesso, que você vai ter boas influências para seguir o estilo de vida saudável. Dr. Souto, esse aí foi o bate papo de hoje, essa variedade de perguntas e respostas. Obrigado pelo teu tempo e a gente, claro, se fala na próxima semana. Um grande abraço para todo mundo!
Dr. Souto: Um abraço para todos e até a semana que vem!