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  •   Ataque já previsto;
  •   Pesquisa de orçamento familiar;
  •   E mais;

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Matéria na Gazeta Do Povo Sobre Consumo de Carne e Coronavírus

Pesquisa de Orçamento Familiar

Transcrição do Episódio

Rodrigo
Polesso:
Olá pessoal! Bem vindos a todos aqui ao episodio nº 217
do podcast da Tribo Forte, a sua dose semanal de estilo de vida saudável
baseado em ciência, atualizando vocês sobre o que tá acontecendo nesse mundo,
pelo menos na área da saúde e etc. Hoje a gente vai bater um papo sobre um
ataque, que eu já tinha levantado à bola que esse ataque ia vim, esse ataque
não é novo só que ele vai vim mais forte em breve, tá começando a mostrar
sinais já, eu vou comentar com vocês o que é esse ataque, tá? Bom, e depois
também quero atualizar vocês, saiu uma pesquisa do orçamento familiar nova,
pelo IBGE e tem alguns dados interessantes pra ressaltar aqui, pra a gente
poder bater um papo pra mostrar quais são os hábitos aí do brasileiro em termos
de compra de alimentos e tudo mais… Então acho que vai ser bacana. Dr. Souto,
bem vindo a esse podcast, como tá por aí?

Dr.
Souto:
Tudo bem! Bom dia Rodrigo! Bom dia aos ouvintes!

Rodrigo
Polesso:
Olha pessoal, alguém me marcou nas mídias sócias, depois
eu fui ver, tem uma manchete que saiu na Gazeta do Povo, a manchete é a
seguinte: “Coronavírus pode reduzir consumo de carne e alterar a base da dieta
no mundo”. Ai ai ai, vocês já imaginam o que tá acontecendo, né?! Na verdade lá
em fevereiro, quando começou tudo isso de Coronavírus, veio da China, veio do
mercado molhado na China, já mandei no Instagram, falei pra galera: “Pessoal,
já se preparem para os ataques que vão vir depois que passar essa onde do
vírus”. Ataque em relação… Vai ter a mudança climática e isso é muito ligado
ao consumo de carnes, alimentos animais, enfim, essa foi a primeira noticia, de
fato, que eu vi no Brasil vindo nessa direção. E eu vou ler pra vocês alguns
trechos pra a gente entender o ângulo que eles estão cuidando disso aqui, mas
já colocaram outras coisas junto: “Coronavírus pode mudar a base da dieta no
mundo”. Que coisa! Então eles dizem o seguinte: “Se o consumo de carnes
exóticas tira o sono de muita gente, ao fazer a inevitável associação com o
surgimento de novas doenças o avanço das fronteiras agropecuárias tem passado
como coadjuvante na discussão, no entanto a prática pode ser tão arriscada
quanto, já que os rebanhos também podem entrar em contato com vírus inéditos.
Muito mais do que o consumo de animais silvestres, o que mais preocupa os
especialistas quando se trata de novas pandemias é o aumento desenfreado do
consumo de carne em todo o mundo, mas em especial na China, país mais populoso
do planeta, com a massa de 1.4 bilhões de pessoas capaz de alterar todo o
sistema produtivo alimentar”. Bom, pra você ver como eles falam coisas
categóricas né?! Que você vai entender já, que algumas importantes delas não
condizem a verdade, mas você vê a força do discurso, esse é um ponto
interessante de a gente notar. Continuando: “Mas ao contrario do que muitos
podem pensar evitar o surgimento de novas doenças e respeitar os limites dos
recursos naturais não está necessariamente ligada a imposição de hábitos
alimentares exclusivamente veganos ou vegetarianos. Os especialistas ouvidos
pela reportagem foram unanimes em concordar que na realidade o mundo está no
linear da alteração da dieta para o modelo que reduza, mas não exclua a carne.
A agricultura familiar e a agroecologia são alternativas possíveis e
necessárias na forma de se produzir, de organizar socialmente, de comercializar
e dar acesso a alimentos diversificados em sua maioria produtos vegetais, mas
também derivados de origem animal”. É isso! Basicamente o artigo inteiro fala
do perigo do espaço avançando no norte do Brasil, no centro-oeste do Brasil,
avançando pra dentro da floresta… A gente já falou sobre isso. Se for ilegal
derrubar árvore então é crime, independente se é bom ou ruim. Mas eles falam
que essa debandada de arvore e tudo mais, essa expansão às vezes da pecuária
acaba colocando o gado em contato com vírus inéditos. Olha só o palavreado que
eles usam que pode ser tão arriscado quanto o consumo de animais silvestres. E
pessoal um problema aqui, não é consumo de animais silvestres, no caso da China,
por exemplo, o consumo de morcego, digamos que a maioria da população não come
morcego e você nem consideraria ser um animal silvestre. Isso é um animal
exótico, digamos assim, é um animal bizarro de se comer na verdade. Que é coisa
que mais chinês come, mas veja como eles estão conectando isso como se fossem
coisas semelhantes, na verdade desconectaram né?! Você comer morcego com a
criação de agropecuária no Brasil, se estendendo no norte do país. Então Dr.
Souto, eu não sei qual é o objetivo aqui, enfim, a gente imagina qual seja, mas
tá acontecendo, já estão pulando nesse trem que tá andando e tentando conectar
outras coisas pra tentar tirar um proveito nesse sentido né?! Não sei o que
você acha, você tá vendo que isso também pode acontecer, que a coitada da carne
vai continuar sofrendo vitimização… O que você acha?

Dr.
Souto:
Rodrigo, uma vez eu já falei isso aqui, vale lembrar. Uma
das formas de você testar a honestidade intelectual de uma preposição é levar
elas às últimas consequências. Fazer um experimento mental. Então, eu vou
partir do pressuposto aqui de que a grande preocupação dessas pessoas é salvar
vidas humanas. E, portanto elas estão dizendo assim: “Nós não deveríamos comer
carne porque a carne tá ligada a agricultura, a agricultura tá ligada a
proximidade entre seres humanos e animais e isso aumenta o risco do
desenvolvimento de vírus que vão matar pessoas, nós queremos proteger as
pessoas e, portanto nós deveríamos comer menos carne”. Bom, quem é o grande
reservatório de febre amarela, por exemplo, no Brasil? Que mata muita gente
todos os anos. São primatas silvestres… São macacos, que vivem nas matas…
Então, eu acho que nós deveríamos exterminar todos os macacos…

Rodrigo
Polesso:
Usando o mesmo raciocínio, né…

Dr.
Souto:
Sim, usando o mesmo raciocínio. O objetivo é salvar vidas
humanas. Então nós deveríamos tentar exterminar os macacos ou pelo menos
exterminar o habitat deles, pra que eles ficassem longe das cidades e os
mosquitos que picam o macaco não pudessem picar as pessoas e iniciar pequenas
epidemias de febre amarela, como aconteceu há 2 anos atrás…

Rodrigo
Polesso:
No reino dos passarinhos também tem influenza…

Dr.
Souto:
Isso! Então, como eu falei já em um episodio passado, por
que existe a influenza sazonal e por que ela segue determinados padrões
migratórios do mundo? Ela se origina na Ásia e se espalha de forma tão
previsível entre continentes…

Rodrigo
Polesso:
Todo ano…

Dr.
Souto:
Todo ano! E mata muito mais gente do que o coronavírus.
Então, como a gente faz a vacina da gripe cada ano né?! Quando você vai agora a
um posto de saúde se vacinar pra gripe tem normalmente 3 cepas ali, como que os
cientistas escolhem as 3? Porque existem varias, mas eles escolhem 3 pra
colocar dentro de cada vacina, como eles escolhem aquelas 3? Eles vão ver o que
está dando lá na China. Porque o que está dando na China agora é o que vai dar
epidemia de influenza do ano que vem. E assim eles já se programam. Como eles
sabem? Como é previsível isso? São aves migratórias selvagens, que são os
grandes vetores. Sim, tem a viagem dos seres humanos e tal, mas os grandes
vetores são aves migratórias selvagens. Então acho que nós deveríamos
exterminar essas aves migratórias selvagens, né?!

Rodrigo
Polesso:
Exato.

Dr.
Souto:
Então vamos imaginar por um determinado momento que a
gente comece a ter… Isso não coisa tão impossível, acho que todo mundo que tá
nos ouvindo deve ter lido a noticia de que vários tigres de zoológico tão se
contaminando e desenvolvendo sintomas de Coronavírus, eles identificaram pela
tosse e espirro dos animais dos zoológicos e aí eu fiquei imaginando se eles
tentassem colocar um cotonete naqueles narizes dos tigres, não ia dar muito
certo…

Rodrigo
Polesso:
Eu espero que tentem…

Dr.
Souto:
Aí eles colheram as fezes dos animais e identificaram
grande quantidade de Coronavírus. Então não é nem um pouco impossível a gente
imaginar que o gato domestico, por exemplo, possa ser contaminado, mas que
fique claro pessoal, nós não temos nenhuma evidência de que gato domestico é
contaminado com Coronavírus. Mas para levar o argumento às ultimas
consequências, que é a forma de testar a honestidade intelectual de um
argumento. Será que esses veganos todos que tão sugerindo que você não coma
carne estão dispostos também a sacrificar os seus gatinhos? Porque é pra salvar
vidas humanas, o objetivo não é esse?!

Rodrigo
Polesso:
É, exatamente. Estão dispostos a sacrificar a própria
vida sendo veganos, então sei lá até onde eles vão…

Dr.
Souto:
Eu tó querendo chamar a atenção de vocês que é um
argumento desonesto. Na realidade o objetivo é: “convence-lo de uma agenda
ideológica, que é a que você não deveria estar comendo carne. E se você puder
ser assustado com alguma coisa, que seja. Porque o nosso objetivo maior e nobre
é que você não consuma carne, e se nós precisarmos mentir pra isso, tudo bem”.

Rodrigo
Polesso:
É verdade, e numa perspectiva um pouco mais nutricional
pessoal, a gente falou varias vezes aqui, a gente sabe cada vez mais
claramente, que o maior fator de risco pra desenvolver complicações de
Coronavírus, e qualquer doença respiratória, qualquer doença nessa face da
Terra, o maior fator de risco é a má funcionalidade do teu sistema imunológico,
quão forte ou quão fraco ele é vai determinar muito o teu risco de desenvolver
complicações nisso aí. No caso do Coronavírus, a gente sabe que a idade é o
principal fator, e depois a qualidade do seu metabolismo, síndrome metabólica, se
tem alguma coisa nesse sentido, comorbidades. E normalmente a idade vem
associada com isso, então até por isso acho que a idade avançada também vem
ligada a isso aí. E a gente sabe também, outro fato, que os alimentos que mais
tem valor nutritivo para o ser humano são alimentos de origem animal, a carne
notoriamente é um alimento completo para o ser humano. A gente vê, e passou
inclusive no podcast passado aqui, estudos mostrando que até a qualidade da sua
força mental, sua qualidade emocional também está associada com o consumo de
carne, o risco maior de problemas mentais quando você reduz, quando você retira
esse consumo, existem vários estudos mostrando deficiências nutricionais em
pessoas que não consomem também. Então basicamente, é um paradoxo, se você quer
parar de comer carne porque é melhor para os vírus, você vai começar a morrer
mais de qualquer outro vírus. Então é você escolher as suas batalhas. Não dá
pra ignorar fatos empurrando ideologias por cima dele como se fosse um rolo
compressor.

Dr.
Souto:
Eu tenho mais de um caso de consultório, de pacientes que
é diabético tipo 2 que colocou diabetes tipo2 em remissão, ou seja, os exames
passaram a ficar completamente normais se você olhasse os exames você diria que
não é diabético. Em 30 dias basicamente fazendo a seguinte magica: apenas
produtos de origem animal e saladas. Então assim, você por 30 dias vai comer
apenas carne, peixe, frango, ovos e saladas, só isso por 30 dias. Isso é capaz
de colocar em remissão diabetes tipo 2, de praticamente qualquer paciente que
ainda tenha um pâncreas razoavelmente funcionante e aí a minha pergunta é: Se
todos os estudos mostram que diabetes é um fator de risco violento pra ter um
desfecho ruim nessa pandemia, se você tem uma estratégia que envolve carne e
que coloca o seu diabetes em remissão de que forma uma reportagem consegue associar
a carne negativamente ao problema? Então pessoal, não vamos cair… É um
discurso ideológico no sentido de: “nós temos que falar mal da carne”. Então
até o mês de fevereiro a forma de falar mal da carne era dizer que ia piorar o
aquecimento global e poluir as águas, a gente explicou varias vezes aqui porque
não, tem 2 podcast que vocês vão ver lá com a Dra. Ana Flavia que são
especificamente sobre isso. Bom, aí agora o que acontece, existe esse bloqueio
social do deslocamento das pessoas na maior parte dos países, na maior parte
das cidades… E o que aconteceu com a poluição mundial e que a concentração de
CO2 atmosférico? Caiu loucamente! Caiu muito, caiu como a muito não caia. E as
vacas continuam arrotando, e as vacas continuam soltando pum, então obviamente
o problema do aquecimento global nunca teve nada a ver com as vacas, mas agora
você consegue fazer um link hiperbólico e maluco do consumo… Porque assim,
veja bem, existe uma suspeita que a proximidade de chineses com morcegos
selvagens capturados de forma ilegal e vendidos em mercados ilegais no interior
da China e com má higiene, existe a possibilidade de que isso tenha dado a
origem ao vírus que saltou de morcegos para seres humanos. Portanto não coma
carne! Como é?

Rodrigo
Polesso:
É, exatamente…

Dr.
Souto:
Veja bem, no Brasil também é proibido e desaconselhado
que você faça a caça, tráfego e consumo de animais silvestres. Porque o que
você tem quando você vai comprar uma carne no açougue, ela é uma carne que
passou por controles sanitários de um animal que é domesticado há vários
milênios. Então ele já convive com o ser humano. Algumas doenças no passado se
acreditam terem partido realmente de gado, porco e galinha. Eu vou dar um
exemplo bem conhecido, que foi erradicado até… Qual foi aquela nossa única
doença viral que foi erradicada Rodrigo? Eu tô com o nome Smallpox na cabeça…

Rodrigo
Polesso:
Pra mim tá vindo leishmaniose nada a ver…

Dr.
Souto:
Smallpox em inglês, daqui a pouco vai vim o nome… Então
essa é uma doença que se sabe que saiu do gado e partiu para o ser humano, sim,
mas isso aconteceu há milênios atrás. Foi erradicada as vacinas…

Rodrigo
Polesso:
Varicela? Alguma coisa assim…

Dr.
Souto:
Não, varicela é Chickenpox, Smallpox é aquela que foi
erradicada, deu um branco, daqui a pouco vai vir… Mas o que eu quero dizer é
assim, as doenças que eventualmente passavam de gado para ser humano e tal, a
maior parte, tuberculose, por exemplo, foi uma coisa que se originou no gado e
tal, a gente não está pegando novas doenças pandêmicas loucas do consumo de
carne que foi criado de forma sanitária, com controle de veterinário, com
controle da fiscalização no abate, não é dali que nós estamos pegando doenças.
Nós estamos pegando doenças do raio do mosquito que cresce no seu quintal porque
você não coloca areia no raio do pratinho. E, diga-se de passagem, aqui no RS
nós estamos tendo o pior surto de dengue nos últimos 10 anos. Exatamente. Sendo
que nos últimos 10 anos os outros 2, que foi 2016 e não me lembro qual é o
outro ano, foi o ano inteiro, e nós estamos recém entrando no mês de maio…
Então seria bem interessante que as pessoas que estão tão assustadas com o
Coronavírus (e ok tem que ficar mesmo), que se assustem também o suficiente
para não deixar agua parada, para controlar o mosquito. Então eu tô bem mais
preocupado com o mosquito do que com o consumo de carne ou de frango ou de
peixe… Se tiver algum bicho que a gente devia estar preocupados, não são com
esse que, repito são animais domesticados há milênios, criados de forma sanitária,
vacinados, abatidos em abatedouros legalizados com fiscalização da ANVISA,
então não são esses que preocupam, não são esses que estão adoecendo milhões de
pessoas. É o morcego, é o mosquito, e esse tipo de coisa… O ebola, pra quem
não lembra, volta e meia dá surto na África, também é de morcego, mas também é
gente que vai lá se meter onde moram os morcegos no meio do mato. Pessoal, vocês
têm que entender que existe o argumento honesto e o argumento desonesto, então
esse argumento aí que o Rodrigo leu pra nós é o argumento desonesto. Eu parto
do pressuposto: “é errado as pessoas comerem carne”, o que eu vou fazer? Achar
qualquer argumento, verdadeiro ou falso, tanto faz, o importante é convencer as
pessoas.

Rodrigo
Polesso:
Exatamente. Mas não vão convencer vocês que escutam a
gente na Tribo Forte, por que você tem um sexíssimo inteligente. E o que eu
sempre falo: Questione, questione, questione! Perguntem, peçam as evidencias,
conheçam as evidencias, informação é a maior defesa que a gente pode ter!
Principalmente com esse monte de besteira que está sendo colocado goela abaixo
na população…

Dr.
Souto:
Rodrigo! Varíola!

Rodrigo
Polesso:
É varíola, isso aí! Maravilha! E pessoal, vírus e coisas
de pegar animal pra animal, isso se chama vida. A gente não pode deixar sair de
controle e não sai de controle realmente, enfim, isso é uma coisa que todo
mundo tem que colocar uma pulga atrás da orelha, a gente não consegue viver em
um mundo onde a gente coloque álcool em gel em toda a superfície existente na
Terra, não existe! Já estaríamos todos mortos se isso acontecesse, então vamos
tentar manter a sobriedade, basear nossos hábitos, o nosso medo em evidencias…
Eu tenho muito mais medo da dengue do que do Coronavírus, eu conheço os riscos
da dengue e eu conheço os riscos do Coronavírus… A gente tem que lidar com a
cabeça e parar de levar a frente com as emoções, as nossas decisões
importantes…

Dr.
Souto:
Ô Rodrigo!

Rodrigo
Polesso:
Diga!

Dr.
Souto:
E é engraçado porque assim, se você leva às ultimas
consequências, os argumentos de veganos cujo objetivo é proteger os animais,
mas a melhor forma de garantir que não haverá jamais nenhuma outra pandemia
nova, é o extermínio dos animais… Você entendeu? Então quando vocês levam um
pensamento à suas ultimas consequências aí vocês conseguem ver se ele é um
argumento de bom senso ou não. Eu certa feita escrevi no meu blog que eu fiquei
absolutamente chocado, que eu comecei a estudar sobre isso, de levar os
argumentos às ultimas consequências e eu vi que existem alguns filósofos
veganos que levaram os argumentos às ultimas consequências e ao invés de
concluir que o argumento está errado, eles defenderam o seguinte, é sério tá
pessoal?! Se vocês não acreditam em mim procurem na internet, existem filósofos
veganos cujo pensamento é: “Se você tivesse um grande botão vermelho que você
pudesse apertar e esse botão desse a opção de você exterminar todos os animais
que são capazes de sentir dor ou prazer, e se você pudesse a coisa ética a
fazer seria apertar o botão”. Porque ele chegou a essa conclusão? Porque o
objetivo é minimizar o sofrimento. Então assim: “seres humanos não deveriam
comer animais para minimizar o sofrimento”, mas os animais vão continuar se
comendo uns aos outros, então você teria o que? Que eliminar todos os
predadores. Mas isso ia provocar um desequilíbrio ecológico, porque os animais
que não iam mais ter predador, iam super popular a Terra, iam pastar em
excesso, iam comer todas as plantas, ia provocar uma crise ecológica… Não tem
solução! Então ele diz que a solução certa é se você tivesse um botão e você
pudesse apertar esse botão e em uma pressionada de botão eliminasse todos os
animais, nós inclusive, mas os animais todos também. Ele disse que isso deveria
ser a coisa certa a fazer porque isso diminuiria a quantidade total de sofrimento
da Terra como um todo. Então quando você desposa uma filosofia cuja conclusão
logica do seu pensamento é essa, a hora que você chegar nisso você tem que
dizer: “Tá, eu tenho que repensar minha filosofia, desculpa. Realmente deu
errado, levando às ultimas consequências, no meu pensamento eu tô propondo um
genocídio e o extermínio de todas as espécies animais. Então talvez seja porque
eu esteja partindo de premissas erradas”. Mas não, esses pensadores eles levam
às ultimas consequências e realmente eles chegam a conclusão de que eles tem
que exterminar… E essas são as pessoas que invadem laboratório de pesquisa,
que fazem atentados, são as pessoas que jogam tinta vermelha em pessoas que
estão em um açougue… Porque essas pessoas estão levando às ultimas
consequências esse pensamento. Tudo isso pra dizer que esse é o ponto que a
gente chega se a gente levar às ultimas consequências o que você leu, que você
deveria comer menos carne por causa do Coronavírus.

Rodrigo
Polesso:
É, e são coisas que somente um cérebro vegano é capaz de
pensar. E quando eu digo cérebro vegano o que é? É um cérebro que tá faminto de
nutrientes, que não tem todos os nutrientes que precisa, começa a ter problema
psicológico e acaba pensando… “Pensando” é uma palavra estranha de usar
mencionando o cérebro vegano, mas isso que acaba surgindo na massa encefálica
desse povo… Enfim, vamos partir para o próximo assunto aqui, se não a gente
vai acabar quebrando tudo aqui, tô ficando alterado aqui com esse assunto! Vamos
lá pessoal: Pesquisa de orçamento familiar do IBGE saiu agora recentemente, o
quanto de cada alimento o brasileiro está comprando? Quanto per capita? Quanto
por região? Quanto por grupo de alimento de acordo com a faixa de renda?
Algumas coisas interessantes que dá pra se destacar disso tudo. A primeira
delas é: A média nacional do consumo de cereais e leguminosas por pessoa, per
capita, no ano é de 27 kg. 27 kg de cereais e leguminosas, aí inclui arroz,
trigo, feijão e etc… 27 kg. Laticínios, 32 kg. Bebidas e infusões, o que
inclui água, cerveja, vinho, 52 kg. Açucares, doces, produtos de confeitaria,
14 kg. Panificados, 17 kg. Farinha, fécula e massas, 11 kg. Carnes, 20 kg. Aves
e ovos, 15 kg. Ok! Vamos já dar um sentido pra esses números. Disso a gente
tira basicamente, que cada brasileiro por ano investe 28% do que ele compra de
consumíveis, no caso, são de alimentos animais, de alto valor biológico e
nutrição, como carnes, vísceras, peixes, aves, ovos e laticínios. 28% ok?! 30%
são de complementos fibrosos que são cereais, leguminosos, frutas, hortaliças e
oleaginosas. 30% ok?! 20% são porcarias, que é o que eu digo farináceos, pães,
massas, açucares, gorduras e preparados industriais. E os outros últimos 20% de
refrigerantes, cerveja, vinho, água e etc. Então em suma, 58% do que o
brasileiro compra são alimentos de origem animal, frutas, verduras, legumes e
leguminosas, e isso inclui cereais também, tá, então 58%. Agora os outros 40%
basicamente são porcarias e bebidas. Eu sinceramente achava que ia ser pior,
mas já dá pra entender um pouco porque 20% dos brasileiros estão obesos e mais
de 55% dos brasileiros estão acima do peso. 40% do que o brasileiro compra de
alimentos por ano são de porcarias, como eu falei, farináceos, massas, açucares,
gorduras vegetais e bebidas, álcool, suco e etc… E 58% aí de animais,
verduras, frutas e etc. Uma coisa interessante também é quanto maior a faixa de
renda familiar, mais se modifica algumas coisas. Mais se compra carne, por
exemplo. Se fosse colocar um gráfico fica em linha reta, quanto mais renda mais
carne se compra. Na renda familiar de até R$ 1.900,00 eles compram 15 kg por
pessoa por ano. E a renda familiar de mais de R$ 14.000,00 (que são os 2
extremos aqui) são 28 kg de carne, ou seja, é quase o dobro uma família que tem
mais renda em comparação com uma família que tem menos renda. Quanto mais
dinheiro a família tem, mais carnes eles compram. Menos se compra de
leguminosas e cereais, menos arroz, menos feijão, menos outros cereais também, à
medida que você tem mais dinheiro na família. Também o que aumenta bastante é o
consumo de hortaliças, 15 kg por pessoa pra família mais humilde e 44 kg para a
família de maior renda. É muito mais! É 3x mais! Muito mais fruta também né,
muito mais fruta à medida que você tem mais dinheiro na família, muito mais
laticínios e muito mais bebidas. Eu acho que a maior diferença de todas tá em
bebidas, entre o de pouca renda e de maior renda. Em outras palavras, quantos
mais afluente um ser humano é, mais ele vai comprar o que ele gosta. E aqui a
gente viu menos cereais e mais alimentos de origem animal e mais bebidas
também. E mais hortaliças, mais frutas, alimentos de maior qualidade e etc…
Agora uma coisa preocupante, digamos assim: o consumo de carne, ao contrario da
mentirosa frase do artigo da Gazeta (que eu acabei de ler, Gazeta do Povo) que
falou que o crescimento do consumo de carne é desenfreado no mundo inteiro, meu
Deus do céu! Um fato: o consumo de carne caiu e é o menor desde 2002, quando
era de 25 kg por pessoa, agora é de 20 kg por pessoa. E se a gente for fazer
agora, depois dessa pandemia maluca, vai ter menos provavelmente, porque o
preço aumentou bastante. Então quem fala que o crescimento tá desenfreado não é
baseado em evidencia! Além disso, o brasileiro vem comendo mais fora de casa do
que nunca, outra coisa que infelizmente vai provavelmente mudar durante um
período de tempo, por exemplo, por causa dessa loucura toda que tá acontecendo
agora. Então Dr. Souto, a gente vê umas coisas interessantes, uma coisa que é
bem legal, que não dá pra negar, é que o mundo dos seres humanos adoram carnes.
Quando a gente fala “carnes” não é só carne vermelha, é carne de frango, carne
de porco, carne de aves… Todas as carnes… Peixes e etc… O ser humano ele
é programado pela natureza pra gostar de carne. Nós gostamos de carne. Quanto
mais dinheiro você tem, mais carne você compra. Antigamente na época dos
imperadores era a mesma coisa. O imperador comia carne, perna de peru… A
população comia o que? Cereal e essas porcarias… Pão, milho, ficava tudo
podre, dente podre, osso podre, que é justamente isso que eles estão pedindo
pra a gente comer hoje em dia. Então, essas coisas a gente vê que tem uma
conexão natural ainda, entre a natureza e o que o brasileiro tá comprando. Só
que apesar de toda essa agenda empurrando o lado oposto, que é preocupante de
uma forma ou de outra, mas é interessante ver que ainda tem um resquício de
ordem natural nas coisas aqui.

Dr.
Souto:
Rodrigo, eu tava ouvindo você falar esses dados e me
lembrando, quem quiser olhar depois pode colocar no Google: VIGITEL. Vigitel é
um acompanhamento de parâmetros de saúde e de consumo de alimentos que os
brasileiros fazem, é uma coisa conduzida pelo ministério da saúde todos os
anos. A pesquisa que tem é semelhante ao no EUA, eles tem um banco de dados
parecidos que se chama NHANES, então se você olha no Vigitel, o que você vê é,
claro, a obesidade vem aumentando, o diabetes tipo 2 vem aumentando e ali
quando tem a quebra por renda, você vê exatamente o resultado do que você
acabou de citar agora Rodrigo, que é assim: quanto mais pobre a população mais
obesidade e mais diabetes. Quanto maior a renda da população menos obesidade e
menos diabetes. Quanto maior a escolaridade da população menos diabetes e menos
obesidade. Quanto menor a escolaridade da população mais diabetes e mais
obesidade. Claro que há uma conexão evidente nisso aí, se você tem menos
escolaridade, menos renda, você vai se alimentar basicamente das coisas mais
baratas, que são farináceos, amidos… São alimentos ultra processados, é um
desastre. Porque isso aumenta tremendamente o gasto do governo com saúde na
outra ponta, com as complicações do diabetes, da síndrome metabólica, da
obesidade… Mas nitidamente as pessoas nessa faixa mais desfavorecida, que
estão comendo menos proteína, não estão fazendo isso porque elas querem, estão
fazendo isso porque é o que a sua pouca renda permite comprar. E aí nesse
sentido seria de extrema avalia se o governo ao invés de deixar no ar essa dúvida:
se gordura saturada faz mal ou não? Se o colesterol na dieta faz mal ou não?
Qual é a proteína mais barata que tem? Ovo. Tinham que estar aconselhando as
pessoas a comer, não é assim: “você tem que cuidar para não comer ovos demais”.
Não, eu acho que o governo deveria estabelecer o mínimo de ovos diário. Você
não deveria comer menos do que 3 ovos por dia. E assim, nas populações que
vivem nas periferias, é muito comum que as pessoas tenham pátio em que possam
criar galinha. Então se você tem lá uma ½ dúzia de galinhas, você tem uma ½ de
ovos todos os dias. Elas estão transformando basicamente comida não comestível
para o ser humano, resto de comida, bichinhos, minhocas do chão em ovos pra
você comer. O próprio frango é uma carne barata, uma proteína barata, então
assim, as pessoas não precisam… Pra que a saúde da população melhore, pra que
as pessoas não fiquem diabéticas, não é necessário que toda população tenha
acesso a file mignon e salmão do Alasca. Bastaria que o Ministério da Saúde
identificasse o que você Rodrigo disse. Qual é o problema? As pessoas de baixa
renda estão se entupindo de amido e açúcar e estão com pouco acesso a alimentos
nutritivos como vegetais e proteínas de alto valor biológico. Bom, a solução:
vamos promover hortas comunitárias, vamos estimular tirar o estigma do ovo,
dizer que as pessoas devem fazer um esforço extra pra comer ovos todos os dias,
explicar que as proteínas de origem animal são as que têm o melhor valor
biológico, a melhor relação custo beneficio são essas que devem ser consumidas.
Nossa, nós íamos estar aumentando a resistência, não pra Covid-19, nós íamos
estar aumentando a resistência pra tudo. Nós íamos estar diminuindo a
incidência de doenças crônicas e degenerativas. Então há uma desconexão entre os
dados que você vê no Vigitel, onde claramente essas populações menos
favorecidas estão adoecendo por excesso de amido e falta de nutrição. E uma
mensagem nutricional que fica mandando as pessoas comerem “ração”…

Rodrigo
Polesso:
É, e com requisito mínimo. “5 frutas, 5 porções, 180g de
cereais por dia… Da nossa OMS”. Falando pra quem acredita na OMS aí pessoal,
tem um monte de fadas por aí pra vocês descobrirem também. Eles recomendam 180g
de cereais por dia no mínimo, mas ninguém recomenda o mínimo de ovo, o mínimo
de carne… Porque será?

Dr.
Souto:
Porque se você comer 0 cereais por dia não só você não
vai ter nenhum problema, mas provavelmente você vai ter benefícios, agora você
deveria comer um mínimo de ovos, um mínimo de carne, um mínimo de peixe…

Rodrigo
Polesso:
Mas ninguém fala isso né…

Dr.
Souto:
Pois é. Por quê? Porque existe uma postura ideológica.
Fechamos 360, voltamos para o início do nosso podcast. O problema é a
ideologia. Imaginem o seguinte: você que está nos ouvindo, você é um advogado,
você foi contratado por um cliente e esse cliente é um caso criminal, então
você parte de um pressuposto, o pressuposto é: meu cliente é inocente. Então
toda argumentação, todo o caso que você vai construir, toda a historia, a
inicial que você vai redigir pra anexar ao processo, todo aquele texto ele tem
como pressuposto básico chegar na conclusão de que o seu cliente é inocente. Se
ele é inocente ou não, não importa para o advogado. Porque o advogado foi
contratado para este cliente para provar ajudar a provar a sua inocência.
Então, o problema é que a OMS pratica advocacia de uma determinada ideologia. A
ideologia de que o mundo seria um lugar melhor se as pessoas não comessem
carne. A OMS é o advogado que foi contratado por este grupo de pessoas que tem
essa filosofia. Tudo que sair dali tem o objetivo de argumentar isso. Então se
você tiver um estudo falando que comer frutas é bom pra saúde, ok, ele vai ser
promovido. Mas se você tiver um estudo, como saiu alguns meses atrás, aquelas 5
metanálises que saíram falando que a carne vermelha não tinha nenhuma relação
nem com doença cardiovascular, nem com diabetes, nem com câncer… Quando
saíram aqueles estudos, aquilo causou um “bafafá” porque ele ia contra a tese
ideológica pré-concebida de que a carne, não é que ela faça mal, ela tem que
fazer mal. A qualquer custo ela tem que fazer mal. A custo inclusive da
verdade, se eu tiver que sacrificar a verdade, ele é um sacrifício menor por um
ideal, por um objetivo final filosófico, ideológico. Então assim, é o que um
bom advogado faz. Desculpem eu dizer isso pra vocês, o advogado, de uma parte
no processo, o objetivo dele não é chegar à verdade, quem em tese tem o
objetivo de chegar à verdade é o juiz. O advogado, ele quer estabelecer a
verdade do seu cliente, mesmo que ela seja uma mentira.

Rodrigo
Polesso:
Exatamente! Acorde para o mundo quem não sabe disso
ainda!

Dr.
Souto:
Então assim, se nós temos que provar que carne faz mal,
então comer carne é culpa do Coronavírus. “Ah não, mas não tem mais Coronavírus”
então a carne a culpa é que o verão foi quente. “Não, mas agora tá uma nevasca”
comer carne a culpa é da nevasca… A carne sempre vai ser a culpada, você já
decidiu a priori que ela é culpada. Você só tá buscando ideias que corroboram,
sejam elas verdadeiras ou não, você não está buscando a verdade, você está
tentando convencer as pessoas de algo que você pré definiu no inicio do seu
discurso. É isso pessoal que vocês têm que se dar conta. Se vocês virem a
realidade através desse prisma fica bem mais claro. Isso não é teoria de
conspiração. É uma coisa completamente evidente, nós já falamos vários exemplos
aqui, quando nós falamos do Eat Lancet, quer um exemplo maior do que aquele?

Rodrigo
Polesso:
Isso é fato, documentado! Uma das coisas mais claras que
existe! Você que tá ouvindo tem sempre 2 opções: você pode acreditar na OMS, em
gnomos e também em fazer parte de 55% da população brasileira que está acima do
peso, ou os 20% que tá obeso. Ou você pode fazer parte da turma da Flavia
Maximino, que é a pessoa que mandou aqui o resultado dela, foto de antes e
depois: “Olá Rodrigo, assistindo seus vídeos e aprendendo sobre alimentação
forte eu eliminei 25kg!” Tá aí, gratidão e parabéns pra ela! Dr. Souto falou:
vários pacientes que revertem diabetes tipo 2 em questão de 30 dias. É uma
opção, tem 2 grupos. Tem esse grupo e tem o grupo da OMS (o grupo das fadas e
da obesidade). Você pode escolher ideologia e ignorar evidencias ou vim para o
lado forte. A opção é sempre sua, mas claro que eu convido você pra vim pra o lado
da Tribo Forte, como sempre. À Flavia Maximino, parabéns pra ela, seguiu a
alimentação forte. Você pode ver todos os 200 episódios aqui, tem centenas de
vídeos no YouTube também, e tem o programa passo a passo
codigoemagrecerdevez.com.br , para quem tem interesse em seguir esse passo a
passo de forma guiada. No mais, Dr. Souto me conta aí o que foi sumariamente
degustado por vossa senhoria nessa ultima refeição?

Dr.
Souto:
Ô Rodrigo, tava bem bom! Eu sinto que talvez eu tenha
aumentado o risco de contrair uma gripe aviaria por ter consumido algo à base
de aves, mas foi um estrogonofe de frango, vocês veem que isso não é difícil
que seja feito com comida de verdade, então um molho de tomate (olhem os
rótulos, até em molho de tomate tem porcaria, açúcar, óleo de soja) e tem
molhos de tomate cujo único ingrediente é tomate, que era o caso. Vem em um
pote de vidro e o único ingrediente é o tomate. Então, molho de tomate,
cubinhos de frango, creme de leite fresco, aí você faz o estrogonofe, tempera à
vontade, e aí, você conhece né Rodrigo: konjac?

Rodrigo
Polesso:
Conheço!

Dr.
Souto:
Pessoal, pra quem não conhece, konjac ele… Me ajuda
Rodrigo, é uma raiz ou é o que?

Rodrigo
Polesso:
É uma fibra basicamente

Dr.
Souto:
Uma fibra. Então, é muito engraçado que você olha o ponto
de vista nutricional, ele é 0 carboidrato, 0 proteína, 0 gordura, 0 tudo. É
basicamente só fibra. Então esse konjac ele pode ser feito na forma de
macarrão, ele pode ser feito na forma de massa e ele pode ser feito na forma de
arroz, onde ele é cortado em pedacinhos do tamanho de um arroz. Então o que
acompanhou esse estrogonofe foi um arroz de konjac. E agora, claro, nós estamos
falando aqui na questão de que alguns alimentos custam mais caros do que
outros, então, por exemplo, o estrogonofe de frango não é caro, ele é muito
mais barato do que um estrogonofe de filé. E você não precisa usar arroz
konjac, você pode muito bem fazer o seu arroz de couve-flor, ou pode comer o
estrogonofe puro. Coloca em um prato fundo, come de colher…

Rodrigo
Polesso:
Ou você pode comer com arroz branco se você quiser,
dependendo da sua situação, né pessoal. Se você tá ouvindo até agora,
provavelmente você já sabe se não esta com síndrome metabólica, tem uma vida
ativa, tá fazendo exercício, levantamento de força, etc… O arroz branco é um
dos melhores carboidratos para de ingerir, porque é um amido de fácil digestão,
muito pouca toxidade, então tem que manter a mente aberta também. Existem
varias possibilidades…

Dr.
Souto:
É, vou dar para os nossos ouvintes um algoritmo, pra eles
pensarem em termos disso que você falou: a quantidade de carboidrato e de
glicose que você pode consumir ela tá diretamente relacionada ao seu nível de
atividade física e à sua saúde metabólica. Então se você é metabolicamente
saudável… O que é uma pessoa metabolicamente saudável? É uma pessoa sem
síndrome metabólica, ou seja, sem gordura no fígado, sem gordura visceral
(excesso de peso, excesso de barriga), sem triglicerídeos aumentados, sem HDL
reduzido, sem glicose elevada, sem insulina elevada em jejum. Então, a pessoa
que não é doente, que é metabolicamente saudável, que não é diabética, que não
está obesa e que pratica atividade física pode sim consumir carboidratos. O
problema não é o carboidrato, o problema é porcaria. O problema é comer açúcar,
o problema é comer pão, o problema é comer farináceos refinados. Então se você está
no peso, você pratica atividades físicas, você não é metabolicamente doente, se
você quiser comer batata doce ou inglesa, se quiser comer arroz, quiser comer
mandioca, quiser comer frutas, quiser comer banana, não há problema nenhum! As
pessoas não adoecem pelo consumo desse tipo de alimento. Agora se você já adoeceu…
Como você adoeceu? Não foi comendo isso, você adoeceu comendo donuts, você adoeceu
comendo sorvete, você adoeceu comendo bisnaguinhas Seven Boys com leite
condensado. E aí depois que você desenvolveu problemas metabólicos, você se
tornou intolerante aos carboidratos. Quando você consumir 1 banana sua glicose
vai passar de 200, mas isso não é porque a banana é um alimento ruim, é porque você
está doente. E a solução passa sim pra restringir severamente os carboidratos.
Tem vários ensaios clínicos randomizados que mostram isso. Então é muito boa
essa colocação Rodrigo, pra a gente deixar bem claro para as pessoas que low
carb é um espectro, vai desde uma dieta cetogênica que tem pouquíssimo carboidrato
(é aquilo que eu falei lá no inicio, como a gente coloca um diabético tipo 2 em
remissão? Carne e salada), até uma dieta low carb moderada que admite tubérculos,
que admite frutas e que simplesmente vai evitar o que? Lixo processado (açúcar e
farináceos).

Rodrigo
Polesso:
É isso aí, exatamente! Há quem chame de outra coisa:
Alimentação forte! Mas é isso aí pessoal. É isso aí. Maravilha! Eu acho que
ficou bem claro que o pessoal pode escolher, até eu faço questão de falar
porque tem muita gente aqui que não está precisando perder peso, são saudáveis,
são pessoas pensando em otimizar a sua alimentação, otimizar sua performance e
se manter informada. Então a gente acaba entregando pra todo mundo, eu acho que
nada mais justo! Maravilha! Você comeu estrogonofe então, coincidentemente eu
comi frango também, fiz frango na panela de pressão, comprei coxa e sobrecoxa
coloquei na panela de pressão com um pouco de água, sal e alecrim, e ficou
ótimo! Depois eu guardei aquela água que sobrou e tomo ela de sopinha no dia
seguinte como aperitivo. Pra quem não viu, tem a receita do Ossobuco Forte que
tá lá no Youtube, que é na panela de pressão, é só você digitar ossobuco forte
que vai achar lá. Dá pra fazer na panela de pressão muitas coisas, e uma delas
é o frango que eu fiz ontem muito barato. Muito barato, fácil e gostoso de
fazer também.

Dr. Souto: E alecrim dá uma certa nobreza para o frango né?!

Rodrigo
Polesso:
Dá, é verdade. É uma erva bem bacana. É isso pessoal?! Isso
aí, maravilha! Espero que tenha sido útil pra vocês, vocês podem passar à
frente aí a palavra da Tribo Forte, o podcast aqui gratuito, 100% gratuito.
Quem quer ir além, você pode acessar a triboforte.com.br e ter acesso à nossas
palestras, tem acesso a mais 550 receitas e um monte de outras coisas também.
Sigam a gente nas mídias sociais, procura aí Rodrigo Polesso em todo lugar, Dr
Souto está também em todo lugar, tá no Telegram Dr Souto lá, tem a ablc.org.br
também. Muitos recursos pra você se conectar. No mais eu fico por aqui então.
Ficamos por aqui. Dr. Souto obrigado pelo papo e semana que vem estamos de
volta!

Dr.
Souto:
Obrigado, abraço e até semana que vem!

Fonte: https://emagrecerdevez.com
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